Brasil • 2 de novembro de 2005

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Por unanimidade, com 14 votos a favor, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar aprovou na terça-feira (1) o fim do processo contra o líder do Partido Liberal (PL), deputado Sandro Mabel (Goiás). É o primeiro deputado envolvido no mensalão a ser absolvido pelo Conselho.

Votaram todos os membros do Conselho, com exceção do Presidente Ricardo Izar (Partido Trabalhista Brasileiro-São Paulo) cujo voto é dado apenas para desempate.

O deputado Sandro Mabel foi acusado pela deputada Professora Raquel Teixeira (PSDB-Goiás) de ter-lhe oferecido R$ 1 milhão e mais R$ 30 mil por mês para trocar de partido e ir para o PL.

Depois de três meses de investigações, o relator do processo deputado Benedito de Lira (Partido Progressista-Alagoas) recomendou o arquivamento por julgar que há provas insuficientes para condenar Mabel. Segundo ele "ficou a palavra de um deputado [Sandro Mabel] contra a palavra de outro [Raquel Teixeira]".

Após ser divulgada a resolução do Conselho, Mabel chorou e desabafou: "Eu não desejo isso para ninguém - é um martírio; quem passa por um negócio desses nunca mais é o mesmo". Ele disse que vai "rezar e agradecer a Deus" por seu "resgate moral".

A deputada Raquel Teixeira não deve ser processada pelo fato de Mabel ter sido inocentado. Apesar de Raquel ter acusado Mabel, a representação contra o deputado foi apresentada pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

O próximo passo agora é a votação do arquivamento do processo contra Mabel, que deve ser feito em votação secreta no plenário da Câmara dos Deputados.

O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (Partido Comunista do Brasil-São Paulo), agendou a votação para quarta-feira da próxima semana, dia 9.


Fontes