31 de maio de 2021

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A Conmebol anunciou esta manhã em sua conta no Twitter que o Brasil será a sede da Copa América 2021. O torneio está marcado para iniciar no dia 13 de junho próximo.

Ontem à noite, a Confederação havia anunciado a suspensão da Copa na Argentina por conta da situação local da pandemia de covid-19 e, há semanas atrás, a suspensão na Colômbia devido a crise sócio-política no país, onde há uma onda crescente de protestos públicos que já levaram ao menos 10 pessoas à morte. Os dois países seriam anfitriões conjuntamente.

Críticas de cientistas e apoio de Bolsonaro

Nem todos ficaram animados com a realização do evento no Brasil, que, assim como a Argentina, também tem dificuldades de controlar a pandemia de covid-19 e na semana passada registrou os primeiros casos da variante indiana do Sars-Cov-2 em seu território, que, assim como aconteceu com a variante de Manaus em março e abril, pode fazer os números de novos casos e óbitos voltarem a "explodir" no país - se confirmado que a cepa indiana é tão ou mais contagiosa que a de Manaus.

O cientista de dados e coordenador da Rede Análise Covid-19 Isaac Schrarstzhaupt escreveu em seu Twitter: "o que eu falei hoje mais cedo sobre 'não estar tudo bem'?", retuitando a postagem da Conmebol com o anúncio.

Críticas também vieram de jornalistas esportivos. Cosme Rímoli chamou o evento no Brasil de "crueldade" em sua coluna no R7, apontando que infectologistas têm alertado para a possibilidade de uma nova onda de covid-19 no país.

No entanto, o evento tem apoio de Jair Bolsonaro, publicamente contra medidas para a contenção da pandemia como o distanciamento social, tendo a Confederação escrito em seu Twitter que agradecia o apoio do presidente. "A Conmebol agradece ao presidente Jair Bolsonaro e sua equipe (...)".

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Fontes