Agência Brasil

3 de dezembro de 2009

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O Congresso de Honduras rejeitou na noite desta quarta-feira (2) a volta de Manuel Zelaya à Presidência. A sessão do Congresso que define a questão começou hoje com duas horas e meia de atraso.

Para a aprovação da restituição de Zelaya ao poder, conforme o acordo definido em outubro, eram necessários 65 votos, do total de 128 deputados federais. Anteriormente, 112 deputados votaram pelo afastamento do presidente deposto. No total, 111 deputados votaram contra e apenas 14 a favor. Na sessão de hoje quase todos os integrantes do Congresso Nacional estavam presentes.

Único observador brasileiro na processo eleitoral hondurenho, o deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE), afirmou à Agência Brasil que para manter Zelaya afastado do poder, o argumento do Congresso seria a negativa de todas as instâncias consultadas. “Ainda estão na fase de leitura das consultas. Mas todos os órgãos consultados recomendaram que ele [Zelaya] fosse mantido fora do governo”, disse.

Os congressistas consultaram a Suprema Corte, o Ministério Público, as comissões de direitos humanos, entre outros segmentos sobre a legalidade do acordo mediado pelos Estados Unidos e negociado com Zelaya e Roberto Micheletti, presidente de facto que retomou o poder ontem.

O presidente deposto chamou a decisão do Congresso de "vergonha nacional" e "punhalada armada na democracia", em uma entrevista. Já Micheletti disse que "Zelaya já é história". "O povo respondeu todas as perguntas, como ele havia exigido", completou.

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