24 de fevereiro de 2022
Vladimir Putin cumpriu sua ameaça e nesta quinta-feira de manhã as tropas russas começaram a atacar a Ucrânia. O presidente russo, através de um discurso televisionado, anunciou o início de uma operação militar no leste da Ucrânia, embora os atentados tenham sido vistos em praticamente todo o país.
Nas últimas horas, no Conselho de Segurança das Nações Unidas -em Nova York- os representantes dos países insistiram nas consequências catastróficas se uma guerra entre a Rússia e a Ucrânia começasse, especialmente pelo impacto que isso poderia ter no mundo inteiro.
Uma das regiões que poderia ver os efeitos desse conflito seria a América Latina. Na terça-feira, quando o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou o pacote de medidas contra a Rússia para pressionar o Kremlin a desistir de suas tentativas de invadir a Ucrânia, o preço do petróleo atingiu seu valor máximo em sete anos.
- Escassez de petróleo na América Latina
A razão para este aumento drástico deveu-se ao temor de que em alguns países, incluindo os latino-americanos, o fornecimento de petróleo bruto seria interrompido principalmente porque a Rússia é o segundo maior país exportador de petróleo depois da Arábia Saudita. Também é classificado como o número três como o maior produtor de petróleo bruto em todo o mundo.
O especialista em Relações Internacionais e pesquisador em Estudos Latino-Americanos do War College, Evan Ellis, disse à Voz da América que nos últimos tempos a Rússia vem intensificando suas relações comerciais com algumas nações da região como parte de sua estratégia geopolítica.
“As principais indústrias da Rússia, como as indústrias militares, nucleares ou petrolíferas, oferecem algum tipo de valor à região”, disse o analista e veterano de guerra.
Portanto, se a torneira da distribuição de petróleo russo em todo o mundo for fechada, algumas indústrias e a população em geral poderão ver um impacto imediato da falta de oferta de petróleo bruto.
Fontes
- ((es)) ¿Cómo podría impactar en América Latina la invasión rusa en Ucrania? — Voz da América, 24 de fevereiro de 2022
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