2 de fevereiro de 2022

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O governo colombiano negou na terça-feira a existência de qualquer acordo com o governo dos EUA para receber venezuelanos deportados, mas reconheceu a deportação de dois venezuelanos na semana passada.

“Não é verdade que assinei qualquer acordo com os Estados Unidos para trazer 6.000 venezuelanos deportados”, disse a ministra das Relações Exteriores e vice-presidente colombiana, Marta Lucía Ramírez.

Em entrevista à mídia local Blu Radio, o funcionário ofereceu alguns detalhes.

“Os Estados Unidos levantaram a possibilidade de que alguns venezuelanos que chegaram com colombianos nos Estados Unidos irregularmente (…) vão deportá-los (…) são venezuelanos que já estavam no programa do Estatuto de Proteção Temporária, morando na Colômbia, bom, vamos ver isso”.

O esclarecimento vem depois de saber que os Estados Unidos começaram a enviar migrantes venezuelanos para a Colômbia que estavam detidos na fronteira com o México, sob o argumento do Título 42, uma ordem de emergência que permite que o governo do presidente Joe Biden rejeite a entrada de migrantes irregulares Através da fronteira.

"Espera-se que os voos para a Colômbia com cidadãos venezuelanos que residiram anteriormente na Colômbia sejam realizados regularmente", disse um funcionário do Departamento de Segurança Interna dos EUA.

O chanceler, no entanto, reconheceu na conversa com a Blu Radio que: “Há alguns colombianos que foram deportados na semana passada, e vieram dois venezuelanos, que estavam no Estatuto de Proteção Temporária , e os devolveram”.

A Colômbia anunciou em fevereiro do ano passado a aprovação do Estatuto de Proteção Temporária para Migrantes Venezuelanos, que busca sua integração socioeconômica.

“Se ele é um venezuelano que saiu da Colômbia e não quer estar na Colômbia, não o devolva para nós. Se for um venezuelano que saiu e cometeu um crime no exterior, também não o devolva porque não vamos recebê-lo. Vamos analisar caso a caso”, disse Ramírez enfaticamente.

Já em dezembro de 2021, o Ministério das Relações Exteriores colombiano havia negado a possibilidade de receber milhares de venezuelanos deportados dos Estados Unidos.

Em uma declaração na época, eles revelaram que estava sendo estudada a possibilidade de aceitar a deportação dos Estados Unidos daqueles venezuelanos regularizados ou que estão sob o Estatuto de Proteção Temporária, mas que nem a data nem o número foram acordados.

Nem a embaixada venezuelana em Bogotá ou Washington, ambas nas mãos da oposição venezuelana liderada por Juan Guaidó, reconhecido por dezenas de países como presidente interino do país, se referiram à situação.

Fontes