Colômbia investiga suposta ligação entre guerrilheiros e Guarda Nacional da Venezuela
1 de abril de 2005
Policiais da Colômbia infiltraram-se no grupo armado comunista conhecido como Exército de Libertação Nacional da Colômbia (ELN) e durante seis meses gravaram conversas e colheram evidências que induzem a acreditar que membros da Guarda Nacional da Venezuela mantêm alguma espécie de relacionamento com o movimento armado.
Numa conversa telefônica Antonio Garcia, ou Edwar, o chefe da segurança do ELN fala com o suposto fornecedor de armas conhecido como Juancho e diz: "É para arrancar amanhã de madrugada e é que a Guarda está me esperando embaixo, irmão. Tudo isso está enquadrado porque a mesma Guarda o leva a alguém e eles mesmos o transportam a alguém até essa proximidade entre Caracas e Guanía. Se a pessoa quiser, a põem em Maicao e se não em Cúcuta."
A conversa telefônica também fornece pistas sobre as conexões do movimento com o narcotráfico. Foram identificados como prováveis colaboradores da ELN, mineiros de Cúlcuta que vendiam explosivos e médicos que atendiam feridos em centros hospitalares, além de uma rede de informantes formada por motoristas de táxi e um fornecedor de drogas.
A polícia também investiga denúncias de moradores sobre invasão e maus-tratos por parte da Guarda venezuelana que em algumas ocasiões teria invadido o território colombiano em busca de supostos contrabandistas de gasolina.
O governador da região de Norte de Santander disse que irá enviar um pedido à embaixada a fim de que seja solicitado às autoridades venezuelanas maiores explicações sobre esses fatos. vídeo,
Fontes
- La Policía se infiltró en la guerrilla del ELN [inativa] — RCN (Colômbia), 23 de março de 2005. Página visitada em 31 de março de 2005
. Arquivada em 23 de março de 2005