15 de janeiro de 2007
Estudos indicam que a circunsição diminui riscos do homem contrar o HIV, doença que mata milhões de pessoas por ano. Esta é a nova vacina contra a Aids.
- Estudos
Por anos pesquisadores observaram que tribos africanas onde meninos e adolescentes eram circuncisados possuiam taxas menores de Aids. E as nações muçulmanas da África, onde a circuncisão é quase universal, possuíam muito menos casos de Aids do que os países cristãos.
A primeira pesquisa foi em 2005, quando um estudo na África do Sul foi interrompido por causa da evidência de que os homens que foram circuncisados contraíam 60% menos infecções do que o grupo de controle. No mês passado conselhos de ética interromperam dois estudos similares, na Uganda e no Quênia, onde circuncisados contraíam 50% menos de infecções.
- A vacina mais real atualmente
A importância da circuncisão seria aumentada caso o mundo reconhecesse que é o mais próximo atualmente de uma vacina contra a Aids.
"Eficácia de 50 a 60% é o que as pessoas se sentiriam bem a respeito", diz Frances Priddy, diretora de testes de eficácia da iniciativa da vacina contra a Aids. Pode parecer ser pouco, mas diminuindo as chances de um se contaminar diminui-se também a chance de outra pessoa contrair o vírus em uma relação sexual. Esse é o efeito da imunidade de rebanhos. Uma vacina com essa eficácia pode chegar perto de limpar epidemias em locais com baixas taxas de Aids, e em áreas de grande incidência poderia reduzir a epidemia e salvar milhões de vidas.
- Dados finais dos testes
Segundo notícia do dia 23 de fevereiro, os dados finais dos testes, que serão publicados dia 24 de fevereiro, informam que na verdade a proteção é de 65%. [1]
- Proteção de ambos os sexos ?
Até agora só há provas de que a circuncisão protege os homens circuncisados. Não há fortes indícios de que proteja também seus parceiros sexuais. Há uma experiência em Uganda para esse propósito.
- Comportamento sexual
Nos estudos de Uganda e Quênia o comportamento sexual dos homens circuncisados não era mais arriscado do que dos outros. Nos da África do Sul eles tinham aumento de 25% na atividade sexual, mas ainda assim apresentava diminuição das infecções.
Fontes
- Revista: uma vacina contra a Aids do mundo real? [inativa] — New York Times, 15 de janeiro de 2007. Página visitada em 17 de janeiro de 2007
. Arquivada em 20 de fevereiro de 2007
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