5 de agosto de 2020

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Um grupo de cientistas canadenses da Universidade McMaster e do Museu Real de Ontário identificaram um tumor maligno em um dinossauro pela primeira vez. Eles identificaram osteossarcoma enquanto estudavam a fíbula de um centrosaurus que viveu há 76 milhões de anos.

O fóssil foi encontrado em 1989 na província canadense de Alberta. Ao visitar o museu, os cientistas se familiarizaram com esta exibição e duvidaram que o diagnóstico inicial que explicava o crescimento do osso do dinossauro — uma fratura — estivesse correto.

Eles decidiram provar o contrário e estudaram o osso minuciosamente, realizando uma tomografia computadorizada de alta resolução e criaram um modelo 3D da progressão do câncer. Depois disso, diagnosticaram como osteossarcoma. No entanto, para confirmar, eles precisavam comparar o curso da doença em um dinossauro e em uma pessoa.

“Até agora, não era possível diagnosticar uma forma tão agressiva de câncer em dinossauros, eram necessários conhecimentos médicos e análises multiníveis… Aqui demonstramos sinais óbvios de câncer ósseo avançado em um dinossauro com chifres que viveu 76 milhões de anos atrás. Isso é muito empolgante”, disse um dos pesquisadores, Mark Crowther.

Ao mesmo tempo, os cientistas sugeriram que o dinossauro não morreu de uma doença grave, mas junto com outros membros do rebanho durante uma enchente. Encontrar um tumor maligno em um dinossauro e estabelecer uma conexão entre ele e as doenças humanas, segundo os pesquisadores, ajudará a entender melhor a evolução e a genética de várias doenças.

O osteossarcoma é um tumor ósseo maligno que geralmente se manifesta na segunda ou terceira década da vida de uma pessoa. Esse câncer proporciona um crescimento excessivo do osso e se espalha também para outros órgãos, geralmente os pulmões.

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