16 de março de 2023
Autoridades dizem que o ciclone tropical Freddy, uma das tempestades tropicais mais duradouras já registradas, matou mais de 350 pessoas no sudeste da África e deslocou dezenas de milhares de outras antes de se dissipar por terra na quarta-feira.
A agência de gerenciamento de desastres do Malawi disse na quinta-feira que pelo menos 326 pessoas morreram como resultado de inundações e deslizamentos de terra gerados pela tempestade. O presidente Lazarus Chakwera declarou um período de luto nacional de 14 dias na quarta-feira, chamando-o de tragédia nacional e apelando para o apoio internacional.
No vizinho Moçambique, onde pelo menos 53 mortes foram relatadas, as autoridades também temem que o número de mortos possa aumentar, já que algumas aldeias foram completamente isoladas desde que o ciclone atingiu o país pela segunda vez.
O nível de devastação é atribuído à longevidade da tempestade.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) da ONU disse que Freddy se tornou uma tempestade nomeada em 6 de fevereiro no Oceano Índico, na costa da Austrália. Ele viajou por todo o oceano e atingiu a costa de Madagascar em 21 de fevereiro. Ele varreu a nação insular, cruzou o Canal de Moçambique e inicialmente atingiu Moçambique em 24 de fevereiro.
A OMM disse que a tempestade voltou ao Oceano Índico, onde se fortaleceu significativamente sobre as águas quentes. Freddy então inverteu o curso para retornar com muito mais força, incluindo rajadas de vento de até 200 quilômetros por hora.
Embora não seja mais uma tempestade tropical, os remanescentes de Freddy continuam trazendo chuva para a região, juntamente com a ameaça de inundações e deslizamentos de terra adicionais nos próximos dias.
A OMM disse que está reunindo um painel de especialistas para examinar os dados e determinar se Freddy realmente estabeleceu um recorde como o ciclone tropical de maior duração. O recorde atual de 31 dias foi estabelecido pelo furacão/tufão John em 1994.
Fontes
- ((en)) Redação. Cyclone Freddy Kills More Than 350 in Southeastern Africa — Voz da América, 16 de março de 2023
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