Agência Brasil

9 de dezembro de 2010

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A China qualificou hoje (9) de "interferência flagrante" em seus assuntos domésticos a aprovação de uma resolução no congresso americano pedindo a libertação do ganhador do Prêmio Nobel da Paz este ano, o dissidente Liu Xiaobo. A resolução foi aprovada pela Câmara dos Representantes por 402 votos contra 1. O texto congratula Liu Xiaobo e pede reformas democráticas na China.

Uma porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores chinês disse que a aprovação da resolução americana é "arrogante" e acrescentou que os países que comparecerem à cerimônia de entrega do Nobel estarão desrespeitando os chineses. "Esperamos que os países que receberam o convite [para a cerimônia] sejam capazes de distinguir entre o certo e o errado", disse a porta-voz. A China considera Liu Xiaobo criminoso por incitar a subversão contra o regime do país.

Às vésperas da cerimônia de premiação, marcada para amanhã (10) em Oslo, na Noruega, sites noticiosos foram bloqueados na China. A impossibilidade de acesso foi registrada por usuários em diversas partes da China. O escritório chinês da agência AFP informou que não conseguiu acessar outros sites de notícias, como o da rede americana CNN e o da empresa pública de notícias da Noruega, a NRK.

Quando o Comitê do Nobel anunciou a premiação de Liu Xiaobo, há dois meses, as primeiras informações foram bloqueadas em canais de TV. A emissora estatal chinesa, CCTV, não noticiou a premiação de Liu Xiaobo.

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