Agência Brasil

Brasil • 30 de julho de 2009

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

Depois de um encontro de cerca de uma hora com a presidente do Chile, Michelle Bachelet, no início da manhã de hoje (30), em um hotel na região central de São Paulo, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou um dos temas tratados no encontro foi a adoção por parte do Chile do mesmo sistema de televisão digital adotado pelo Brasil, o que é importante porque cria na América do Sul uma similaridade tecnológica.

“Isso vai permitir inclusive que façamos uma cooperação na área da tecnologia, na área acadêmica e de pesquisas. É algo importante porque consideramos que esse padrão coloca o Brasil em uma condição muito especial de competitividade. Com esse modelo que adotamos, conseguimos transmitir, usando uma faixa menor, para celular. Isso, daqui para a frente, será um ganho imenso”, disse Dilma.

Segundo a ministra, Brasil e Chile tem uma agenda positiva muito forte e todas as questões bilaterais que envolvem os dois países tiveram uma boa solução. Dilma disse que foi convidada pela presidente a participar do Fórum de Competitividade das Américas, que será realizado entre 27 e 29 de setembro no Chile.

A ministra-chefe da Casa Civil disse que conversou com Bachelet sobre a forma como o Chile está enfrentando a crise econômica global. De acordo com Dilma, o governo chileno mostrou grande capacidade e iniciativa, com muita semelhança com o que foi feito no Brasil. “Prontamente, tomamos medidas anticíclicas, seguramos os níveis de consumo da população. Eles fizeram da mesma forma, obviamente com variantes. Eles também têm uma rede de proteção social similar ao Bolsa Família”.

Além disso, a ministra e a presidente do Chile trocaram experiências sobre suas funções no governo. “Foi um relato sobre a experiência de ser uma mulher num sistema político dominado por homens. A experiência fala muito para mim porque vivo uma similar, obviamente dadas às devidas proporções, porque ela é presidente e eu sou ministra. Me chamou a atenção porque é um comentário muito vívido da experiência dela como presidente e como mulher. ”.

Dilma esclareceu que não falou sobre o assunto porque pretende ser presidente do Brasil. No entanto, a ministra não descartou que o país possa ter uma mulher no governo. Segundo ela, o Brasil está maduro politicamente e a sociedade brasileira também já é capaz de entender que sua multiplicidade pode ser representada de todas as formas. “Sem dúvida, o Brasil poderá ter uma presidenta. Não vejo porque não tenha. Hoje o Brasil pode ter tudo. Teve um presidente metalúrgico, pode ter um presidente negro, pode ter uma presidenta.”

Fontes