24 de dezembro de 2021

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A agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) informou um "aumento crescente" de migrantes venezuelanos que chegam a pé no norte do Chile através de pontos cegos.

Em um comunicado à imprensa, a agência disse que "desde novembro de 2021, entre 400 e 500 refugiados e migrantes da Venezuela têm atravessado a fronteira entre a Bolívia e o Chile diariamente" através do Deserto do Atacama.

O deserto, na fronteira norte do Chile, é catalogado pelas autoridades locais como um lugar inóspito e altamente perigoso. O ACNUR adverte que os migrantes começam a viagem pelo local "sem roupas adequadas para se proteger das condições climáticas extremas do deserto".

Desde novembro de 2021, entre 400 e 500 pessoas cruzam a fronteira da Bolívia para o Chile todos os dias, a maioria delas venezuelanas. Por essa razão, a ACNUR reforçou sua resposta operacional, fornecendo orientação e apoio em sua chegada ao país

A agência também explicou que durante a viagem, os venezuelanos correm o risco de serem explorados sexualmente, bem como abusos por parte de grupos criminosos.

Rebeca Cenalmor-Rejas, chefe do Escritório Nacional do ACNUR no Chile, explicou que, devido ao aumento de migrantes na área, "o ACNUR está reforçando sua resposta na fronteira norte, a fim de apoiar as autoridades nacionais, regionais e locais na melhoria das condições de acolhimento dessas pessoas".

O ACNUR estima que até o próximo ano precisará de um total de US$ 20,3 milhões para garantir assistência humanitária adequada e apoiar os cerca de 448.100 venezuelanos que vivem no Chile.

A agência reconheceu que o número não conta os milhares de migrantes que "entraram no país através de travessias irregulares de fronteira".

Fontes