10 de outubro de 2020

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

Um cessar-fogo que entrou hoje em vigor entre a Armênia e Azerbaijão parece estar em perigo de fracassar com as duas partes a acusarem-se mutuamente de violarem o acordo.

Por outro lado o Ministério das Relações Exteriores armênio disse que o conflito entre os dois paises só pode ser resolvido com o reconhecimento internacional da independência de Artsaque, acusando também o Azerbeijão de usar o cessar-fogo para preparar novos ataques.

O ministro das relações exteriores, Jeyhun Bayramov, disse que o cessar-fogo só vai durar o tempo que a Cruz Vermelha levar para negociar a entrega dos corpos de combatentes mortos. O ministro disse também que a atual situação não favorece o seu país.

O cessar-fogo foi acordado após 10 horas de conversações em Moscou e vai permitir uma troca de presos e de corpos de combatentes mortos.

O ministro das relações exteriores russo Sergei Lavrov, que serviu de mediador, disse que o cessar-fogo vai permitir negociações para se resolver o conflito.

Ontem a Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, tinha pedido um cessar-fogo urgente sublinhando haver grandes baixas entre a população civil.

“É profundamente preocupante que nos últimos dias áreas habitadas foram o alvo e foram bombardeadas com artilharia pesada na zonas de conflito e nos seus arredores”, disse Bachelet.

O departamento da ONU disse ter recebido informações que mais de 50 civis, incluindo crianças foram mortos desde que os combates começaram a 27 de setembro. Os combates causaram também a morte de cerca de 400 soldados de ambos os lados e forçou milhares de pessoas a abandonarem as suas casas.

Fontes