Brasil • 27 de janeiro de 2015

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Acompanhando manifestações semelhantes de centrais sindicais ocorridas em outras cidades brasileiras, Nova Central, Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e Central Sindical e Popular (CSP) organizaram ato, hoje de manhã, em frente ao Ministério da Fazenda, para reivindicar a revogação das medidas provisórias (MPs) 664, que trata da pensão por morte e do auxílio-doença, e 665, sobre a concessão do seguro-desemprego, abono salarial e seguro-defeso, anunciadas no fim do ano.

No final da manhã, dois ônibus e dez carros retiraram os manifestantes do local do protesto. À tarde, a manifestação continuou, porém com a presença de representantes da Central Única de Trabalhadores (CUT). "Quem ganha bem neste país tem de pagar a conta da crise", disse o secretário nacional da CUT, Jacy Afonso de Melo. Ele pediu solução imediata para a crise da Petrobras e propôs que empresas de infraestrutura que geram empregos no país tenham oportunidade de executar projetos.

Segundo Melo, na próximas horas, a CUT irá reunir representantes da central nos estados para discutir os desdobramentos das manifestações ocorridas hoje em várias cidades do país. Melo informou que a reunião também discutirá o calendário de luta dos trabalhadores para este ano, o estabelecimento de proteção dos direitos dos trabalhadores e a organização de uma marcha de trabalhadores a Brasília.

“As centrais sindicais acham que existem outros caminhos, como aumentar a fiscalização. No Amazonas, por exemplo, [deveria haver] 20 fiscais do trabalho e [há] apenas três. Em Roraima era para [haver] 15 fiscais e [há] apenas dois. Como o concurso é nacional, depois de um ano, os fiscais voltam para sua cidade natal e não há novos concursos [para preenchimento das vagas]. Então, o primeiro problema é a fiscalização”, disse o secretário para Assuntos Parlamentares da Força Sindical, Carlos Lacerda.

Na opinião dos representantes dos sindicatos, “a crise da economia que atinge o país está tendo como resposta dos patrões mais ataques ao emprego e aos direitos trabalhistas”, a exemplo das ameaças de demissões da Volkswagen no ABC paulista. “Não vamos aceitar mudanças nos benefícios dos trabalhadores e na legislação trabalhista. Infelizmente, os patrões e os governos sempre jogam nas costas dos trabalhadores os custos de toda crise”, destaca o professor Robson da Silva, da Central Sindical e Popular (CSP).

De manhã, os manifestantes, que estavam na Catedral de Brasília, saíram em passeata até o Ministério da Fazenda. A Polícia Militar do Distrito Federal estimou em 150 o número de participantes do evento na parte da manhã. Segundo os organizadores, os manifestantes eram 200. À tarde, a manifestação da CUT foi prejudicada pela chuva: conforme cálculo do serviço de segurança do Ministério da Fazenda, participaram do evento cerca de 50 pessoas.

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