Agência Brasil

11 de dezembro de 2017

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Candidato ao título de patrimônio mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o Centro Cultural Sítio Roberto Burle Marx, na Barra de Guaratiba, zona oeste do Rio de Janeiro, passará por uma revitalização.

Com 400 mil metros quadrados, o sítio abriga 3,5 mil plantas tropicais e semitropicais de espécies nativas e exóticas, coleção que atrai visitantes e pesquisadores.

O sítio foi comprado pelo paisagista Roberto Burle Marx na década de 1940 com o objetivo de ali instalar sua coleção botânica. Nos anos 1970, quando Burle Marx passou a morar no local, a área abrigou também objetos pessoais, sua produção artística e suas coleções de arte e design.

Em 1985, o paisagista doou o sítio e todo o acervo à Fundação Nacional Pró-Memória, do Ministério da Cultura. O órgão foi sucedido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Desde aquele ano, o local passou a ser considerado instituição pública e foi tombado em nível federal pelo próprio Iphan.

A candidatura a patrimônio cultural mundial da Unesco foi apresentada em 2015 e o registro foi aceito pela entidade. Agora, o centro cultural fará um dossiê da candidatura e receberá a visita de especialistas estrangeiros que vão orientar esse trabalho. As informações serão conferidas in loco pela Unesco eu uma missão oficial. O resultado da avaliação será divulgado em meados de 2019.

Apoio do BNDES

Para fortalecer a candidatura, o centro cultural passará por uma revitalização. O projeto tem recursos do Iphan e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que repassará R$ 4,45 milhões à instituição.

Atualmente, o local passa por uma obra de infraestrutura elétrica, telefonia, entre outros serviços essenciais, e já licitou a reforma de um lago.

Segundo a diretora do centro cultural, Cláudia Storino, “o apoio do banco, que corresponde a mais de 60% dos recursos do projeto de revitalização, vai contribuir para a candidatura na Unesco.” “Além disso, é um aporte bem importante para o funcionamento do sítio, para o atendimento aos visitantes.”

Os recursos também vão possibilitar a catalogação e disponibilização online de informações do centro cultural para o público. “Só isso já vai ser uma grande diferença para quem tem pesquisa sobre Burle Marx”, acrescentou a diretora.

O Centro Cultural Sítio Roberto Burle Marx recebe, em média, entre 600 e 700 pessoas por mês.

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