Agência Brasil

17 de julho de 2008

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O vôo 8055 da TAM, procedente de Paris, que trouxe ao Brasil o ex-banqueiro e ex-dono do banco Marka Salvatore Cacciola pousou no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, no Rio, às 4h30 de hoje (17).

Cacciola deixou, ontem (16) de manhã, o presídio do Principado de Mônaco, onde estava desde setembro do ano passado, e seguiu escoltado por oito agentes da Polícia Federal até o aeroporto de Nice, na França, onde embarcou para o Brasil, acompanhado também pelo procurador de Justiça Arthur Gueiros.

Os advogados do ex-banqueiro conseguiram liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que ele não viesse algemado e nem fosse fotografado na chegada. Cacciola desembarcou em área distante de onde estavam os jornalistas e foi levado direto para a Superintendência da Polícia Federal, na Praça Mauá, zona portuária do Rio. Ele será apresentado à Justiça Federal e depois encaminhado a uma unidade prisional do estado.

O advogado de Cacciola, Carlos Eluf, disse que seu cliente estava feliz em voltar para o Brasil. Ele informou que já entrou com pedido de habeas corpus no STJ e que acredita que no prazo de 10 dias o ex-banqueiro esteja em liberdade.

"Baseei o pedido no fato de que a jurisprudência determina prazo de 81 dias para prisão preventiva e Cacciola está preso há quase um ano. Estamos alegando também que não existe condenação definitiva e pedindo isonomia, já que no processos dele existem 13 réus e de todos os condenados, só ele está preso, o que configura tratamento diferenciado".

Salvatore Cacciola foi condenado em 2005 a 13 anos de prisão, acusado de gestão fraudulenta e desvio de dinheiro público. Em 1999, para evitar a falência do banco Marka, o Banco Central socorreu a instituição em uma operação que gerou prejuízo de R$ 1,5 bilhão aos cofres da União.

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