O ex-prelado católico diz que a Igreja tornou-se no "no braço direito" do Governo em Cabinda, o que "é uma vergonha".
2 de dezembro de 2014
O ex-padre católico Casimiro Congo, que formou a sua própria igreja em Cabinda, lançou um forte ataque verbal contra a Igreja Católica acusando-a de ser “uma autêntica vergonha”.
A igreja formada pelo Padre Casimiro Congo foi recentemente encerada pelas autoridades que alegam que este não cumpriu os preceitos da lei para a sua legalização.
A igreja do Padre Congo em Cabinda mantém-se impedida de receber fieis e com a policia a ocupar o local,
"A Igreja Católica Romana já deu o que tinha a dar, não tem a liberdade de conduzir e dar vida aos filhos de Deus em Cabinda, a minha igreja representa neste momento, liturgicamente, biblicamente, a grande forca, não a única mas uma das grandes forcas vivas de Cabinda e neste momento há tantos católicos a abandonar a igreja para virem para a minha, mesmo perseguidos", relata o Padre Congo.
Ele deu como exemplo da colaboração que diz existir entre o Estado angolano e a hierarquia católica um recente incidente em Subantando onde os crentes locais “revoltaram-se e fecharam a igreja”.
O bispo teria tentado resolver o problema mas face à sua incapacidade foi a administração municipal que interveio, algo que o Padre Congo diz não se justificar porque o Governo “se diz laico”.
O Executivo interveio neste caso, acrescentou, “porque o Governo confia na Igreja Católica Romana como seu braço direito, na destruição de muitas coisas como a língua que está a ser destruída pela Igreja Católica”.
“Eu não sou contra por amor de Deus, eu amo profundamente a igreja, só que ela não está a ser a igreja que eu pensava”, disse o Padre Congo, para conclui: "Em Cabinda é uma autentica vergonha".
Fonte
- Manuel José. Cabinda: Padre Congo critica Igreja Católica — Voz da América, 2 de dezembro de 2014, 18:32
Conforme os termos de uso "todo o material de texto, áudio e vídeo produzido exclusivamente pela Voz da América é de domínio público". A licença não se aplica a materiais de terceiros divulgados pela VOA. |
Esta página está arquivada e não é mais editável. |