29 de abril de 2021

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

Em pronunciamento nesta quarta-feira (28), o senador Marcos Rogério (DEM-RO) afirmou que a CPI da Pandemia, instalada nesta terça-feira (27) no Senado, não deve servir de palco para discursos e ações revanchistas contra recentes ações anticorrupção, a exemplo da Operação Lava-Jato. A CPI tampouco deve ser vista pela população como um instrumento concreto de combate à crise sanitária, acrescentou o senador. Para esse fim, lembrou, o Senado já conta com uma comissão temporária para acompanhar as ações implementadas pelos governos.

Para ele, a CPI deve atuar de forma séria, inteligente, ampla, "para o bem do Brasil". Se o colegiado limitar seu trabalho à apuração de fatos de licitude duvidosa, não serão encontrados indícios de corrupção do governo federal no combate à pandemia, garantiu. O mesmo, no entanto, não poderá ser dito em relação aos estados e municípios, pois operações da Polícia Federal indicam que houve irregularidades no uso de dinheiro público encaminhado pela União aos cofres de governadores e prefeitos para o enfrentamento da covid-19, afirmou o senador:

— Começam a chegar informações de alguns estados e municípios que viveram crises por falta de leitos, medicamentos, oxigênio e outros insumos, que tinham dinheiro federal em suas contas (e muito dinheiro, diga-se de passagem) e que não souberam ou não quiseram gastar para enfrentar a pandemia. 

Marcos Rogério disse ainda que a corrupção em governos anteriores ao de Jair Bolsonaro também gerou muitas mortes no país. Segundo ele, o dinheiro desviado da Petrobras, por exemplo, seria suficiente para equipar o SUS e contratar profissionais de saúde e impedir que o atendimento à população fosse prestado por um "sistema combalido", que se mostrou fragilizado com a chegada da pandemia.

— Se realmente queremos procurar responsáveis pelas mortes, não podemos nos esquecer dessa tragédia moral e econômica que paralisou o Brasil e tirou dos cofres públicos altíssimas somas de recursos durante vários governos.

Fontes