10 de maio de 2020

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Em Genebra, na Suíça, uma fila de cerca de um quilômetro se formou ontem, nos arredores de uma pista de patinação, de pessoas em busca de ajuda alimentar. A iniciativa de doar alimentos foi da ONG Caravana da Solidariedade e teve apoio da associação internacional Médicos Sem Fronteiras, que aproveitou para fazer testes de COVID-19 gratuitamente. Silvana Mastromatteo, diretora da Caravana, disse que na Suíça "as comunidades de pessoas que trabalham na economia doméstica, na alimentação ou na economia paralela sempre existiram. Esta crise (da pandemia de COVID-19) deixa-as excluídas, porque são pagas imediatamente. Se há confinamento, não podem trabalhar, logo não recebem".

Segundo o The Guardian, a maioria das pessoas que esperavam pelos alimentos eram trabalhadores mais pobres e migrantes sem documentos. A estimativa é que cerca de 1.000 pessoas tenham recebido ajuda, muitas das quais, de acordo com a agência de notícias Euronews, já estavam na fila desde a madrugada. Uma delas é Ingrid Berala, uma migrante da Nicarágua, que disse que a iniciativa era ótima, porque haveria comida para uma semana. "Uma semana de alívio, mas na próxima não sei como será", falou.

A Suíça é o 2º país com a melhor qualidade de vida do mundo, com um IDH de 0,946. A renda per capita (PIB nominal) é de mais de 80 mil dólares anuais. No entanto, em 2018 a Cáritas estimou que dos 8,6 milhões de suíços, 660.000 eram pobres, principalmente famílias monoparentais e pessoas com menos instrução.

Fontes