Agência Brasil

Costa Rica • 27 de janeiro de 2015

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O combate à pobreza, numa região que ainda é considerada a mais desigual do mundo, é o tema central da terceira cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), que começou nesta quarta-feira (28) em San Jose, capital da Costa Rica. Em entrevista, o chanceler do Equador, Ricardo Patiño, citou as ultimas estatísticas da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL): apesar dos avanços, na ultima década, para incluir enormes esforços de melhoria da situação, 11,5% da população da região ainda vivem na pobreza extrema.

“Nossa região é a mais desigual do planeta: 167 milhões de pessoas ainda vivem na pobreza”, disse o presidente de Cuba, Raul Castro, ao lembrar que as principais vítimas são os mais jovens. “Dois terços das novas gerações não chegam às universidades e acabam sendo vítimas do crime organizado e da violência”, disse Castro.

Existe um consenso entre os 33 países da Celac de que essa situação não pode continuar, mas segundo Patiño, não bastam discursos para resolver o problema. Falando em nome do Equador, que amanhã (29) assumira a presidência pro-tempore do bloco regional, Patiño propôs estabelecer “metas concretas, que possam ser medidas e controladas”. Como exemplo, citou a pobreza. Segundo ele, os países membros poderiam assumir o compromisso de reduzir a porcentagem de pessoas que vivem na pobreza de 11,5% a no mínimo 8% em cinco anos.

A China (que no início do mês prometeu investir US$ 250 milhões na próxima década) foi citada como possível fonte de financiamento de programas de combate à pobreza.

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