Brasil • 4 de outubro de 2006
Eleitores brasileiros elegeram parlamentares envolvidos em recentes escândalos de corrupção, apesar da gravidade de alguns casos e da cobertura feita pelos veículos de comunicação.
Candidatos investigados pela Polícia Civil, Polícia Federal, Ministério Público e Justiça Eleitoral, e/ou que renunciaram para não ser cassados e se candidataram conseguiram se re-eleger.
Segue abaixo uma lista de candidatos envolvidos em escândalos recentes e a situação de cada um depois das eleições do último Domingo (1):
Não conseguiram se reeleger
(Candidato/escândalo. Em parêntesis a votação do último candidato eleito.)
- Severino Cavalcanti (PP-Pernambuco) / Mensalinho - 53 715 votos (56 247Nota)
- Romeu Queiroz (PTB - Minas Gerais) / Mensalão - 59 701 votos (35 681)
- João Magno (PT - Minas Gerais) / Mensalão - 31 955 votos (35 681)
- Josias Gomes da Silva (PT - Bahia) / Mensalão - 42 771 votos (27 729)
- Professor Luizinho (PT - São Paulo) / Mensalão - 59176 votos (6673)
Nota: Por causa das regras eleitorais brasileiras que consideram também o voto na legenda é possível um candidato não ser eleito apesar de ter mais votos do que o último candidato eleito.
Conseguiram se reeleger
(Candidato/escândalo)
- João Paulo Cunha (PT - São Paulo) / Mensalão - 177056 votos (150 colocado)
- Vadão Gomes (PP - São Paulo) / Mensalão - 78 728 (580 colocado)
- José Mentor (PT - São Paulo) / Mensalão - 104 960 (480 colocado)
- Antonio Palocci / Mensalão, Caseiro - 152 246 (250 colocado)
- Valdemar Costa Neto / Mensalão - 104 157 (490 colocado)
- Ricardo Berzoini / Dossiê - 112006 (430 colocado)
- Jose Genoino / Mensalão - 98 729 (530 colocado)
O primeiro colocado na Eleição para Deputado Federal em São Paulo foi Paulo Maluf que foi acusado de mau uso de dinheiro público por promotores de São Paulo e preso em 9 de setembro de 2005. Ele foi solto em outubro de 2005 depois de ter passado 40 dias na carceragem da Polícia Federal. Teve tempo de se candidatar e concorrer à eleição.
Mais afortunado foi o Sr Antonio Palocci Filho, indiciado pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, formação de quadrilha e peculato por causa da sua suposta participação num esquema de corrupção envolvendo as empresas de varrição contratadas quando era prefeito em Ribeirão Preto (SP). Agora que foi eleito deputado federal, a polícia encontrará dificuldades para investigá-lo porque este passa agora a contar com o privilégio da imunidade parlamentar.
Referências
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