Agência Brasil

26 de junho de 2008

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A possibilidade de o Brasil atuar como intermediário em um acordo para libertação de reféns pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) será discutida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o mandatário venezuelano, Hugo Chávez, na próxima sexta-feira (27).

“Este assunto será certamente discutido. O Brasil, como sempre, reitera sua posição de colaborar na solução dos problemas relativos às Farc, mas sempre deixou claro que esse é um assunto interno da Colômbia e qualquer solução passa pelo acordo com a Colômbia”, informou hoje (25) o porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach.

Ainda no âmbito regional, os dois presidentes tratarão sobre os entendimentos entre Colômbia, Equador e Venezuela, em superação à crise diplomática desencadeada a partir do ataque militar colombiano a acampamento das Farc em território do Equador, em março deste ano. Também discutirão a criação do Conselho Sul-Americano de Defesa, ao qual o presidente venezuelano declarou apoio na reunião de Recife.

O ingresso da Venezuela no Mercosul – em pauta em todos os encontros bilaterais – deve voltar a ser discutido na reunião de Caracas. Embora a adesão ainda dependa de aprovação pelo Congresso, o Brasil considera urgente fechar o programa de liberalização comercial. Segundo Baumbach, o governo brasileiro aguarda a apresentação, pela Venezuela, de algumas das listas de desgravação tarifária sobre produtos brasileiros.

“A questão agora é técnica”, assegurou Baumbach. “O presidente Chávez já deu a entender que estas negociações prosseguirão, mas ainda está faltando a apresentação de alguns documentos”, completou.

Como exemplo, citou duas listas de desgravação que deveriam ter sido apresentadas em junho e até agora não foram – uma com mil produtos a serem realocados nas chamadas cestas de desgravação e outra com 500 produtos a serem incluídos em lista de exceção. "Essa apresentação é necessária para que possam ser concluídas as negociações técnicas e, portanto, finalizar o processo de adesão”, explicou.

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