1 de dezembro de 2020

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A produção de urânio no Brasil é retomada após cinco anos, com a abertura de uma nova mina na Bahia. O anúncio foi feito nesta terça-feira (1º) em Caetité, na presença do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Uma explosão ocorreu durante o evento, simbolizando o início da mineração.

“Trata-se de uma determinação do Presidente Jair Bolsonaro. Uma conquista para a INB e também para o país. Representa um fator importante para a geração de empregos e recursos para a região sudoeste da Bahia”, enfatiza o ministro Bento Albuquerque.

“Essa retomada é a primeira fase para consolidar a nossa proposta de tornar o Brasil autossuficiente e um exportador de urânio”, acrescenta o ministro de Minas e Energia.

“Nós temos hoje duas usinas em operação, Angra 1 e Angra 2. A retomada da produção de urânio vai permitir que a INB continue fabricando elemento combustível e garanta que as usinas continuem gerando energia. Nós temos hoje, em Angra 2, uma geração de 1.305 Megawatts; e, em Angra 1, 640 Megawatts. Ou seja, 30% da energia do Rio de Janeiro é fornecida por essas usinas. Então, a importância está, em um dos pontos, na região do Rio de Janeiro ser abastecida; e a outra, na estabilidade do sistema interligado. As usinas em operação garantem também a estabilidade da região Sudeste, que é um centro de carga que distribui para o Brasil todo”, explica o assistente para Governança do Setor Nuclear, do Ministério de Minas e Energia, Eduardo Grand Court.

O assistente também destacou a importância da exploração. “A gente tem a perspectiva de gerar 1.800 empregos na produção da mina. Então, isso é muito importante também para o desenvolvimento da região”.

“Na década de 70, o Brasil mapeou só 30% do território. E, apesar de ter mapeado só 30%, somos a nona reserva. Então, se a gente retomar esse estudo, que é o planejamento do ministro Bento Albuquerque, a gente deve conseguir ter uma capacidade ainda maior de reserva de urânio”, ressalta Grand Court.

“Estamos avançando nos ajustes necessários para atualização do marco legal da atividade nuclear. Muito em breve será criada a autoridade regulatória nuclear. Tal estruturação irá prover melhores condições tanto para o licenciamento e fiscalização como também para pesquisas na área de biociências, medicina nuclear, radiação de alimentos, meio ambiente e outras”, adianta o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

A produção do urânio no país começou em 1982.

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