30 de junho de 2021

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A taxa de desocupação (desemprego), de 14,7%, do trimestre móvel de fevereiro a abril de 2021 se manteve no recorde da série histórica, iniciada em 2012, com alta de 0,4 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre de novembro de 2020 a janeiro de 2021 (14,2%) e alta de 2,1 p.p. ante o mesmo trimestre de 2020, informou o IBGE hoje.

A população desocupada, de 14,8 milhões de pessoas, cresceu 3,4% (mais 489 mil pessoas desocupadas) ante o trimestre de novembro de 2020 a janeiro de 2021 e subiu 15,2% (mais 1,9 milhão de pessoas) frente ao mesmo trimestre móvel do ano anterior (12,8 milhões de pessoas).

Outros dados relevantes

  • a população ocupada (85,9 milhões de pessoas) ficou estável em relação ao trimestre móvel anterior e caiu 3,7% (menos 3,3 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2020.
  • a população subutilizada (33,3 milhões de pessoas) cresceu nas duas comparações: 2,7% (mais 872 mil subutilizados) frente ao trimestre móvel anterior e 16,0% (mais 4,6 milhões de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2020;
  • a população desalentada (6,0 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre móvel anterior e cresceu 18,7% ante o mesmo período de 2020;
  • a taxa de informalidade foi de 39,8% da população ocupada, ou 34,2 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, a taxa havia sido 39,7% e no mesmo trimestre de 2020, 38,8%.

Rendimento médio

O rendimento real habitual, de R$ 2.532, ficou estável em ambas as comparações. Já a massa de rendimento real habitual, de R$ 212,3 bilhões, ficou estável ante o trimestre móvel anterior e caiu 5,4% frente ao mesmo trimestre de 2020 (menos R$ 12,1 bilhões).

Quanto ao rendimento médio real habitual, frente ao trimestre anterior, houve redução no grupamento de Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-4,0%, ou menos R$ 80), com estabilidade nos demais grupamentos.

Frente ao mesmo trimestre de 2020, houve reduções em cinco grupamentos: Indústria (-7,3%, ou menos R$ 191); Construção (-8,4%, ou menos R$ 165); Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-5,7%, ou menos R$ 117); Transporte, armazenagem e correio (-9,2%, ou menos R$ 219) e Serviços domésticos (-4,9%, ou menos R$ 48). Nos demais grupamentos, houve estabilidade.

PIB em alta em meio a "situação desconfortável"

No programa Bom Dia Brasil de hoje, a analista Miriam Leitão disse que todos os indicadores pioraram e que agora há 489 mil pessoas a mais desempregadas em relação aos últimos meses.

Ela fez uma comparação com o PIB, que teve aumento nos últimos meses, enfatizando que, no entanto, os engócios que fazem o PIB crescer não empregam, como as comódites. "Estamos numa situação de PIB bom, mas que não melhora a qualidade de vida, com a inflação e o emprego crescendo, o que é uma situação muito desconfortável para o país".

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Fontes