29 de setembro de 2020

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O ministro das Comunicações, Fábio Faria, reconheceu hoje em entrevista ao UOL que o governo divulgou fake news sobre as queimadas na Amazônia e no Pantanal. Ele se referiu à questão como um "erro" do governo sobre os dados de 2020.

Ele também disse que a imprensa prefere divulgar "que o governo Bolsonaro está provocando incêndios em massa na Amazônia e no Pantanal", ao ser referir à divulgação feita por ele de uma foto que mostraria um mapa sobre as queimadas em outros anos, e que o enfoque da imprensa "acaba prejudicando o país". "É uma realidade que acontece todos os anos", disse sobre as queimadas.

No entanto, segundo diversas reportagens e ONGs, as queimadas durante o governo Bolsonaro estão batendo recordes históricos. Em reportagem de 04 de setembro, a National Geografic escreveu que "de janeiro até o final de agosto, o fogo no Pantanal brasileiro já havia queimado uma área correspondente a 12 cidades de São Paulo – 18.646 km2, cerca de 12% da área total do bioma – segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais", adicionando que o Pantanal "vem queimando com força extrema nunca vista, segundo brigadistas do Prevfogo (Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, do Ibama)".

"A Amazônia sempre queimou, principalmente nos meses secos de agosto e setembro, só que desta vez ela está queimando muito mais. A intensificação do desmatamento é real, é coisa objetiva feita por satélites. E o cara [Bolsonaro] diz que os dados não são reais", disse o fotógrafo Araquém Alcântara em meados de agosto passado para a Brasil de Fato. Araquém já fez mais de 50 viagens e expedições à Floresta Amazônica durante sua carreira.

No dia 23 passado, a Câmara de Deputados, cuja Frente Parlamentar Ambientalista havia visitado o Pantanal dias antes, divulgou que o fogo já havia dizimado 15% do bioma. Segundo um texto divulgado pela Câmara, "organizações da sociedade civil criticaram a falta de ação do governo federal e dos governos do Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul no combate ao fogo".


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