2 de setembro de 2020

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Milton Ribeiro, o atual ministro da Educação, acabou sendo acusado de homofobia ontem após dizer ao jornal O Estadão que jovens LGBTs vêm de "famílias desajustadas". Ele também defendeu a ideia de que as questões de gênero não devem ser discutidas em sala de aula.

Devido a suas declarações, alguns deputados e senadores agora querem que ele seja investigado formalmente por homofobia.

Os líderes evangélicos e o mundo LGBT

Educador e pastor evangélico, Ribeiro assumiu a Educação (após a polêmica saída - do ministério e do país - de Abraham Weintraub e a não menos polêmica quase posse de Carlos Decotelli) sob grande comemoração da bancada evangélica do Congresso Federal, que trabalha para a aprovação de leis e políticas mais tradicionais e conservadoras.

Uma das conquistas do grupo foi conseguir a proibição da distribuição, ainda em 2011, da chamada "cartilha gay" ou "kit gay", material ao qual o próprio Weintraub fez referências, dizendo em janeiro passado que o "ministério busca justamente valorizar o papel da família com as crianças pequenas nesses primeiros momentos. Sai o kit gay e entra a leitura em família".

O chamado "kit gay", na verdade, era um material informativo direcionado a professores que abordava questões e dados sobre o mundo LGBT, inclusive estatísticos, e fazia parte do projeto Escola sem Homofobia, que por sua vez fazia parte do projeto Brasil sem Homofobia. Idealizada em 2004, a iniciativa acabou cancelada após protestos de setores conservadores da sociedade e do Congresso Nacional.

Acesse o material do chamado "kit gay" aqui.

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Fontes