Agência VOA

24 de novembro de 2015

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Mais de 160 escolas estaduais de São Paulo, no Brasil, estão ocupadas por alunos e pais em protesto contra a reforma escolar da secretaria do governo do Estado. Esse é o número divulgado pela União Paulista dos Estudantes Secundaristas. Já segundo o governo, o total chega a 150.

A partir do ano que vem, 93 escolas devem ser fechadas e outras 700 vão passar a ter apenas um ciclo de ensino, ou seja, apenas ensino fundamental 1, ensino fundamental 2 ou ensino médio. Em repúdio à medida do governo, estudantes prometem boicotar a principal prova de avaliação do Estado, que ocorre hoje e amanhã.

Os alunos protestam contra o fechamento das escolas de suas comunidades e dizem que a mudança pode causar o deslocamento para escolas mais longe de suas casas. Eles afirmam ainda que a decisão foi tomada sem negociação com as comunidades, como explica a presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas, Angela Meyer.

A Secretaria Estadual de Educação entrou com pedidos na Justiça para a reintegração das escolas ocupadas. O Tribunal de Justiça do Estado rejeitou os pedidos, alegando que não há interesse dos alunos em tomar posse dos prédios, mas em apenas discutir a reorganização.

Em uma audiência de conciliação com os estudantes, o Estado propôs negociar com as comunidades de cada uma das escolas ocupadas. Os alunos rejeitaram a proposta porque os integrantes das mesas de negociação seriam decididos pelos diretores das unidades e não pela comunidade, afirma a estudante Angela Meyer.

Em notas à imprensa, a secretaria afirma que o diálogo está aberto com pais, alunos, professores e movimentos estudantis.

Prova. Hoje e amanhã acontece a prova do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de SP, um teste anual que permite monitorar o nível de desempenho dos alunos no Estado. O governo cancelou a aplicação da prova nos colégios ocupados e os alunos prometem boicotar o exame em mais 400 escolas.

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