2 de fevereiro de 2022

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

Boris Johnson

Um dia depois de dizer que acredita que ainda há uma saída diplomática para a crise Rússia-Ucrânia, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson está planejando uma conversa por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin.

Johnson disse na terça-feira durante uma visita a Kiev que o acúmulo de mais de 100.000 soldados russos na fronteira com a Ucrânia é "talvez a maior demonstração de hostilidade contra a Ucrânia em nossas vidas".

O líder britânico expressou apoio ao direito da Ucrânia à autodeterminação, dizendo que a preparação de sanções dos aliados ocidentais contra a Rússia se ela invadir a Ucrânia não é uma "demonstração de hostilidade" em relação ao Kremlin, mas uma demonstração de apoio ao seu vizinho.

“É vital que a Rússia recue e escolha o caminho da diplomacia, e acredito que seja possível”, declarou.

O caminho diplomático continuaria na quinta-feira com uma visita a Kiev do presidente turco Recep Tayyip Erdogan para se encontrar com seu colega ucraniano Volodymyr Zelenskiy.

O principal conselheiro de Erdogan, Ibrahim Kalin, conversou com o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, na terça-feira. Um comunicado informou que ambos "ressaltaram seu compromisso compartilhado de buscar a diplomacia e os esforços para impedir novas agressões russas contra a Ucrânia".

Putin disse na terça-feira que os Estados Unidos e seus aliados rejeitaram as principais exigências de segurança da Rússia de negar a entrada da Otan na Ucrânia e que a aliança retire suas armas perto da Rússia, enquanto os EUA reiteraram seu "compromisso" com a integridade territorial da Ucrânia. .

Em seus primeiros comentários públicos sobre a crise em mais de um mês, Putin disse em entrevista coletiva que o Kremlin ainda está estudando a resposta dos EUA e da Otan às exigências de segurança da Rússia recebidas na semana passada.

O Ocidente se recusou a descartar a afiliação da Ucrânia à Otan, dizendo que nenhum outro país tem o poder de vetar quem pertence ou não à aliança criada após a Segunda Guerra Mundial.

“Está claro agora… que as preocupações fundamentais da Rússia foram ignoradas”, disse Putin a repórteres.

Ele também destacou que é possível negociar o fim do conflito se os interesses de todas as partes, incluindo os da Rússia, forem levados em consideração, informou a agência AP.

“Espero que a longo prazo encontremos uma solução, embora acreditemos que não será fácil”, acrescentou Putin, segundo a AP.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, enfatizou o compromisso dos EUA com a Ucrânia em uma conversa telefônica com seu colega russo Sergey Lavrov na terça-feira.

Blinken pediu "uma redução imediata da escalada pela Rússia" na fronteira ucraniana com a retirada das tropas.

Ele também reiterou a ameaça de impor pesadas sanções a Moscou se invadir a Ucrânia.

No final deste mês, o secretário de Defesa dos EUA viajará para a Europa para se encontrar com os aliados da OTAN.

Fontes