3 de julho de 2023

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Um bombeiro francês de 24 anos morreu na noite de domingo enquanto tentava apagar o fogo em carros de uma garagem subterrânea ao norte de Paris, enquanto os tumultos na capital da França continuavam pela sexta noite devido ao assassinato de um adolescente de pais argelinos e marroquinos.

Referindo-se ao incidente, o ministro francês dos Transportes, Clement Beaune, disse: "Meus pensamentos vão para os servidores públicos mobilizados dia e noite para um retorno à calma".

As autoridades disseram que a polícia prendeu mais de 150 pessoas em todo o país nos tumultos noturnos, muito menos do que nos dias anteriores.

Três policiais ficaram feridos, também um número bem menor em comparação com as noites anteriores.

Falando à emissora francesa BFM TV no domingo, a avó do adolescente que foi morto a tiros pela polícia implorou aos manifestantes que acabassem com a violência. Ela foi identificada apenas como Nadia.

Os tumultos na França diminuíram na noite de sábado após o funeral do jovem no início do dia.

O governo enviou cerca de 45.000 policiais para tentar controlar a agitação após o funeral de Nahel, um jovem negro de 17 anos, que foi baleado durante uma parada de trânsito na terça-feira no subúrbio parisiense de Nanterre.

Em seis noites de protestos, os manifestantes incendiaram carros e saquearam lojas, além de terem como alvo prefeituras, delegacias de polícia e escolas - edifícios que representam o Estado francês. O Ministério do Interior francês disse que 719 pessoas foram presas na noite de sábado, menos do que as 1.311 da noite anterior e 875 na noite de quinta-feira.

Em Paris, as forças de segurança se alinharam na famosa Avenida Champs Elysees da cidade depois de uma convocação nas redes sociais para que os manifestantes se reunissem lá. As fachadas das lojas foram fechadas com tábuas para evitar danos.

Na manhã de domingo, Vincent Jeanbrun, prefeito de L'Hay-les-Roses, no subúrbio de Paris, disse que sua esposa e um de seus filhos ficaram feridos quando tentaram fugir de casa depois que manifestantes colocaram um carro dentro da casa e incendiaram o veículo. O prefeito não estava em casa no momento do ocorrido.

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