26 de outubro de 2022

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O presidente dos EUA, Joe Biden, emitiu uma advertência à Rússia contra o uso de uma bomba suja ou qualquer outra arma nuclear na invasão da Ucrânia.

"A Rússia estaria cometendo um erro incrivelmente sério pelo uso de armas nucleares táticas", disse ele na terça-feira, quando um repórter perguntou se a Rússia está realizando falsas acusações - preparando-se para implantar uma bomba suja enquanto acusa a Ucrânia de detoná-la em seu próprio território.

"Ainda não garanto que é uma operação falsa. Não sei. Mas seria um erro sério, sério", disse ele.

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, disse na terça-feira que há motivos para preocupação, já que a Rússia "demonstrou um padrão de acusar outros do que ela própria está planejando".

O embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vasily Nebenzya, enviou uma carta ao secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, e ao Conselho de Segurança na segunda-feira, dizendo que a Rússia "considerará o uso da bomba suja pelo regime de Kiev como um ato do terrorismo nuclear".

A Ucrânia negou veementemente as alegações de Moscou de que planeja detonar uma bomba suja em seu próprio território e, por sua vez, acusou a Rússia de usar um pretexto para a escalada do conflito.

O Conselho de Segurança da ONU discutiu as alegações em uma reunião a portas fechadas na terça-feira.

"Não vimos e não ouvimos nenhuma evidência nova nesta reunião privada", disse o vice-embaixador do Reino Unido na ONU, James Kariuki, a repórteres.

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, confirmou que "nenhuma atividade ou material nuclear não declarado foi encontrado" em locais nucleares ucranianos.

"A AIEA inspecionou um desses locais há um mês e todas as nossas descobertas foram consistentes com as declarações de salvaguardas da Ucrânia", disse Grossi.

A Rússia solicitou uma segunda reunião do conselho na quinta-feira para discutir suas alegações de que os Estados Unidos e a Ucrânia estão realizando atividades biológicas militares em território ucraniano.

Em uma carta de 310 páginas enviada ao Conselho de Segurança, ao presidente e ao secretário-geral, o embaixador da Rússia retoma as alegações.

Fontes