23 de março de 2021

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Por VOA News

Autoridades de Bangladesh começaram a investigar a causa de um grande incêndio que matou pelo menos sete pessoas e deixou dezenas de milhares sem abrigo num campo de refugiados de rohingya. Hoje, as autoridades ainda vasculhavam os destroços em busca de mais vítimas.

O incêndio atingiu o acampamento Balukhali, perto da cidade de Cox's Bazar, no sudeste do país, na noite de ontem, queimando milhares de cabanas enquanto as pessoas lutavam para salvar seus parcos bens.

A polícia confirmou até agora sete mortes, entre elas, a de três crianças.

A causa do incêndio ainda é desconhecida, disseram autoridades policiais, enquanto Sanjeev Kafley, chefe da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho em Bangladesh, disse que mais de 17.000 abrigos foram destruídos no campo onde vivem cerca de 124.000 pessoas.

A grande maioria das pessoas no campo de refugiados fugiu de Mianmar em 2017, em meio a uma repressão liderada pelos militares contra os rohingya que, segundo especialistas da ONU, foi executada com "intenção genocida", acusação que Mianmar nega.

Arame farpado

Algumas testemunhas disseram que a cerca de arame farpado ao redor do campo deixou muitas pessoas presas, ferindo algumas e levando as agências humanitárias internacionais a pedir sua remoção.

A organização humanitária Refugees International, estima que muitas crianças estão desaparecidas e algumas não conseguiram fugir por causa do arame farpado.

John Quinley, da Fortify Rights, uma organização de direitos humanos que trabalha com os rohingya, disse que o o governo deveria remover as cercas e proteger os refugiados. "Já houve uma série de grandes incêndios nos campos, incluindo um grande incêndio em janeiro deste ano. As autoridades devem fazer uma investigação adequada sobre a causa dos incêndios", enfatizou.

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