13 de abril de 2021

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O Banco de Leite Humano (BLH) do Amapá vem registrando queda no registro de doações de leite materno desde o início da pandemia. O estoque segue em baixa, mas a demanda é crescente. Em março de 2019, antes da pandemia, o BLH registrou coleta de 71 litros de leite, enquanto em março de 2021, durante a pandemia, somente 42 litros.

Darcineyde Alves Dias, psicóloga coordenadora do Banco de Leite, reforça para as mulheres que querem doar, mas que têm receio de ir ao BLH, que todo o processo presencial segue rigorosamente as medidas de proteção contra a Covid-19. E também existe a possibilidade de doar de casa.

"A equipe do BLH passa na residência da doadora, deixa o kit para retirar leite e, na semana seguinte, retorna para buscar o conteúdo armazenado. O contato é breve e segue rigorosamente todas as medidas de proteção", completou a psicóloga.

O processo de doação na residência foi adaptado durante a pandemia e os protocolos de segurança foram reforçados. No período pré-pandêmico, quando uma mulher queria ser doadora de leite na modalidade residencial, os servidores do BLH entravam no local e mostravam todo o passo a passo presencialmente, orientando cada movimento. Hoje em dia esse processo foi adaptado para o ambiente virtual. As doadoras recebem orientações em tutoriais via Whatsapp e, se necessário, ligações para esclarecer dúvidas pertinentes ao manuseio do kit ofertado para tirar leite em casa.

Após chegar no BLH o leite passa por laboratório e segue para avaliação de aparência, cheiro e pelo processo de pasteurização, sendo aquecido em uma temperatura que inativa os vírus da covid-19 e do HIV. É avaliada também a questão microbiológica. Se existirem sujeiras, pêlos ou qualquer coisa que seja diferente das propriedades do leite e o tornem impróprio para consumo, é feito descarte do líquido. A análise completa dura em média 48h e então depois o leite é congelado e pode ser utilizado em até 6 meses.

Caso a mulher queira um atendimento profissional para desempenhar uma amamentação saudável para o próprio filho, é indispensável buscar ajuda presencialmente no BLH. Os profissionais estão disponíveis para auxiliar nas seguintes situações: leite empedrado, escassez de leite, mamilos rachados e doloridos e excesso de leite materno. A única orientação é que a mãe não compareça ao local acompanhada, além do bebê, para evitar aglomerações.

Darcineyde Alves Dias adverte que o leite materno é o único alimento realmente ideal para os bebês e que ele pode salvar a vida de recém-nascidos que se encontram em situações de prematuridade, baixo peso ou internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

"O leite materno é o único cem por cento recomendado para os bebês. O organismo do recém-nascido tem todos os mecanismos para digerir perfeitamente o alimento. Em alguns casos, o leite materno funciona como um remédio e salva a vida da criança", disse a coordenadora do BLH.

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