Agência VOA

Guiné-Bissau • 14 de dezembro de 2011

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O Banco Mundial diz que a Guiné-Bissau está presa numa armadilha de baixo equilíbrio motivada pela instabilidade política e má governação.

Num relatório divulgado quarta-feira, em Bissau, escreve-se que “a instabilidade política tem prejudicado a lei e a ordem e enfraquecido a capacidade de governos sucessivos em prestar serviços públicos essenciais e garantir a infraestrutura económica de base”,

De acordo com o documento, de cerca de 200 páginas, citado pela agência LUSA, a instabilidade política tem impedido o investimento privado o que se traduz na impossibilidade de o governo guineense normalizar a situação do país, por falta de recursos que poderia ir buscar aos impostos desse mesmo setor privado.

“Na área fiscal, por exemplo, o baixo crescimento traduziu-se na falta de dinamismo das receitas do Estado, e limitou as perspetivas de oportunidades fora do setor público para o pessoal militar e civil, tornando necessária a contenção de gastos de pessoal, uma opção politicamente difícil”, refere o documento.

Esta situação realça o Banco Mundial, acaba por conduzir a uma insatisfação permanente dos funcionários públicos e dos militares bem como do próprio setor privado.

“É pouco provável que a saída dessa armadilha de equilíbrio-baixo ocorra com rapidez apenas a partir da dinâmica interna do país”, nota o documento, realçando, porém, que em caso de estabilidade política o país possui condições objetivas para dar um salto qualitativo em poucos anos.

O Banco Mundial aponta cinco pilares sobre os quais a Guiné-Bissau se deve basear-se para dar o salto. Assim, o país deve criar infraestruturas de apoio ao desenvolvimento, promover um crescimento mais rápido do setor agrícola, assentar as bases de um crescimento sustentado nos seus principais recursos naturais, melhorar o ambiente de negócios e promover a transparência e a eficiência do setor público.

A “Guiné-Bissau, ao contrário dos seus países vizinhos, ainda possui uma base rica, relativamente intacta, de recursos naturais. Esta base de recursos e a biodiversidade associada a estes representam um ativo considerável para a economia do país,” conclui o relatório.

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