Agência Brasil

Michelle Bachelet, presidente do Chile.

Chile • 2 de março de 2010

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Depois de se reunir com as autoridades federais de segurança, a presidente do Chile, Michelle Bachelet, afirmou hoje (2) que todos os atos de violência e saques serão contidos com severidade. Bachelet, no entanto, disse compreender as necessidades das vítimas. Porém, segundo ela, nada justifica os atos de violência e vandalismo ocorridos depois do terremoto que atingiu o país no último sábado (27), e o ideal é manter a tranquilidade.

O terremoto e os demais abalos ocorridos em seguida provocaram 723 mortes até o momento. Pelo menos 160 pessoas foram presas em meio a tumultos causados por uma série de saques nas regiões Sul e no Centro do Chile – áreas mais atingidas pelo terremoto.

“Podemos compreender totalmente as angústias e as necessidades prementes do povo, mas nós sabemos bem que há ações criminosas de grupos pequenos que causam enormes prejuízos materiais e humanos. Nós não vamos aceitar”, afirmou a presidente.

Pela manhã, Bachelet se reuniu com os comandos das Forças Armadas, do Ministério da Defesa, dos Carabineiros – espécie de Polícia Civil do país – e da Polícia de Investigações. “Hoje a questão que mais nos preocupa, e certamente é o que todos nós entendemos que é fundamental, é fornecer segurança e tranquilidade ao povo”, disse.

Em busca de uma solução para os saques nas 30 regiões mais afetadas pelo terremoto, Bachelet convocou as Forças Armadas e todo o sistema de segurança nacional. Apenas para as regiões de Maule e Bío Bío há mais de 11,8 mil homens do Exército e 2 mil soldados de vários setores de segurança. Segundo a presidente, existem 50 aeronaves que fazem o transporte de comida, água e outros produtos de primeira necessidade.

De acordo com ela, os atos de vandalismo serão contidos de forma ampla e severa. “Agir com com a severidade necessária para impedir que novos atos aconteçam. Nosso objetivo principal é ajudar as pessoas que vão lidar com a situação de emergência nas áreas devastadas, mas aqueles que não entendem receberão a reação prevista na lei por atos criminosos que não estamos dispostos a tolerar”, disse ela.

Bachelet afirmou ainda que cada cidade definirá a duração do toque de recolher, determinado em decreto presidencial. “Cada região terá de avaliar que tipo de toque de recolher deve ser mantido e por quanto tempo. Esperamos que não seja necessário deter [mais] pessoas”, afirmou.


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