11 de fevereiro de 2021

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Decisão surge depois da emissora britânica apresentar relatório com testemunhos chocantes de tortura e violência sexual contra mulheres uigures

A agência chinesa de meios de comunicação proibiu, nesta quinta-feira, 11, as emissões do Serviço Mundial da BBC no país por "grave violação" das diretrizes oficiais sobre a cobertura jornalística.

A decisão surge depois de no dia 3 de fevereiro a emissora britânica ter divulgado um relatório com testemunhos chocantes de tortura e violência sexual contra mulheres uigures em campos de detenção chineses.

A região abriga a minoria uigur, principalmente muçulmana, e tem visto uma forte repressão à segurança pelas forças chinesas nos últimos anos, em resposta à agitação separatista.

O relatório descreveu tortura por choque elétrico, incluindo estupro anal por guardas usando bastões eletrificados. Mulheres foram vítimas de estupro coletivo e esterilização forçada, disseram testemunhas.

A agência que administra a imprensa afirmou que a BBC violou "a exigência de que o jornalismo seja verdadeiro e justo" e também de "não prejudicar os interesses nacionais da China, e justificou que por isso "não permite que a BBC continue a retransmitir na China e não aceita a renovação da sua permissão anual".

O governo britânico, por sua vez, qualificou a proibição chinesa como um "atentado inaceitável à liberdade de imprensa".

Fontes