Agência Brasil

Nigéria • 25 de dezembro de 2011

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Quatro atentados às bombas em diferentes pontos da Nigéria, com horas de diferença, mataram ao menos 32 pessoas e deixaram centenas de feridos. Inicialmente, nas primeiras horas, os ataques eram três igrejas que matou 26 pessoas (o segundo 25 pessoas e o terceiro um policial), eram atentados contra igrejas cristãs, mas mas esses ataques e número de mortos já aumentou com novos atentados não religiosos.

O primeiro ataque ocorreu ontem a noite (24), perto em Damaturu, contra a Igreja Católica de Gadaka, no estado de Yobe e não houve feridos.

O segundo ataque ocorreu perto da Igreja Católica de Santa Teresa em Madalla, nos arredores da capital da Nigéria, Abuja, no momento do ataque, a igreja, com capacidade para até mil fiéis, estava celebrando a missa de Natal, quando uma bomba explodiu.

A terceira explosão atingiu a igreja evangélica Mountain of Fire, em Jos, que matou pelo menos um policial, deixando três veículos em chamas.

Horas depois dos atentados, desta vez suicida, aconteceu contra instalações das forças de segurança em Damaturu, no Nordeste da Nigéria. Os "três elementos do serviço (da polícia) foram mortos", informou um comunicado das forças de segurança.

Os ataques no Dia de Natal, como ficou conhecido, são atribuídos à seita de fanáticos islamicos do Boko Haram. Na semana passada, quase 70 pessoas foram mortas durante combates entre forças da Nigéria e pistoleiros ligados ao Boko Haram, na Região Nordeste do país.

Em entrevista à BBC, Yushau Shuaibu, porta-voz das forças de emergência da Nigéria, a explosão em Madalla danificou seriamente a igreja e a expectativa é que o número de mortos aumente.

De acordo com o editor da BBC África, Martin Plaut, o ataque em Jos, situada no chamado Cinturão do Meio, entre as regiões Norte, predominantemente islâmica, e o Sul, de maioria cristã, pode ter impactos ainda mais perigosos que o atentado perto de Abuja.

O Boko Haram (cujo nome significa "Educação Ocidental é Proibida") é uma seita de grupo islâmico nigeriano que surgiu no ano passado, costuma como alvos de seus ataques instituições do governo, igrejas e organizações internacionais.

Em agosto de 2011, um ataque contra a sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Abuja, matou 24 e a seita assumiu a autoria do ataque. Há exatamente 1 ano, ações similares no Natal de 2010 aconteceram contra igrejas cristãs. Vários observadores internacional admitem que a seita Boko Haram tem desenvolvido ligações com a Al Qaeda.

A Nigéria é, ao lado de Angola, o principal produtor de petróleo da África Subsaariana e o mais populoso país africano, com 160 milhões de habitantes, divididos sobretudo entre muçulmanos no Norte, cristãos e amitistas no Sul.

Fontes