Agência Brasil

Brasília, Distrito Federal, Brasil • 30 de julho de 2009

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O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), reagiu à decisão do PMDB de apresentar ao Conselho de Ética, na próxima semana, uma representação para que seja investigado. Ele qualificou a iniciativa de “retaliação do senador Renan Calheiros”. O parlamentar afirmou que conversará ainda hoje com o PSOL para analisar se Calheiros não quebrou o decoro parlamentar ao ameaçar com representações senadores que defendem o afastamento de José Sarney da presidência do Senado.

“Isso, para mim, já configura quebra de decoro”, disse Virgílio à TV Brasil. O líder tucano ressaltou que vai continuar apresentando denúncias ao Conselho de Ética contra Sarney independentemente das “ameaças” do senador Renan Calheiros. “Estou investigando corrupção. Fui eu quem denunciou o Agaciel Maia. Essas ameaças podem funcionar para alguns, não para mim”.

O senador confirmou em plenário que o funcionário Carlos Alberto de Andrade Nina Neto, lotado em seu gabinete, recebeu salário do Senado enquanto morava no exterior. Segundo Arthur Virgílio, a dívida com os cofres públicos, por conta desses pagamentos, já começou a ser paga. “Já paguei quase R$ 61 mil”, disse o parlamentar acrescentando que outras outras três parcelas de R$ 50 mil cada serão pagas até outubro.

Sobre a postura de José Sarney de não renunciar ou se afastar da presidência, relatada à Agência Brasil pelo líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), o peessedebista lembrou que, em 2007, quando teve de enfrentar seis pedidos de abertura de processos no Conselho de Ética e ocupava o cargo, o senador alagoano afirmava a mesma coisa.

"Isso [renúncia ou afastamento de Sarney] já não é problema meu. O Renan também dizia a mesma coisa. O Renan tem medo de ser o próximo [a ser denunciado no Conselho de Ética].

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