12 de abril de 2005

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Numa reunião com mais de mil pesquisadores médicos em Sidney, Austrália, foi dito que o arsênico e a talidomida — banida na década de 60 depois de ter ser apontada como causa de anormalidades de nascimento — podem ser uma nova esperança como base de novos tratamentos, capazes de estender as vidas de pacientes com um tipo de câncer/cancro ósseo, tido por enquanto como incurável, o milenoma múltiplo.

O diagnóstico da doença aumentou em 45 % na Austrália depois de 1992. Ele é a forma mais letal de câncer, e tema da discussão, da X Conferência Internacional de Milenoma, previsto para continar até o dia 16 de abril.

Os dois tratamentos supostamente têm vantagens sobre os tratamentos de quimioterapia existentes, o que inclui menos efeitos colaterais, e a redução da necessidade de quimio e radioterapia. Eles também podem ser utilizados para tratar outras doenças. Ambos estão ainda sob teste.

"O desenvolvimento de arsênico data de muitos anos quando foi usado para abaixar a pressão arterial em pacientes, até mesmo durante a virada do século," professor Miles Prince, do Centro de Câncer Peter MacCallum, disse a um repórter da Associated Press durante a conferência.

"Posteriormente [o arsênico] foi usado na China a partir dos anos 60 para tratar certas formas da leucemia," ele disse.

"Ele pode ser usado para induzir a célula a suicidar-se", acrescentou.

"Os efeitos colaterais da talidomida são muito menores do aqueles da quimioterapia porque ele não danifica as células boas do paciente. Logo, você não fica com a pressão baixa, não perde o cabelo e não fica com uma boca dolorida," disse o professor Prince.

Fontes