Agência Brasil

28 de novembro de 2017

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O Arquivo Nacional, no centro do Rio de Janeiro, recebe a partir de hoje (28) a exposição que homenageia os 110 anos do primeiro voo do Demoiselle, o segundo avião de Santos Dumont (1873-1932).

Em novembro de 1907, o Demoiselle voou pela primeira vez em público. Para marcar a data, o Centro de Documentação da Aeronáutica (Cendoc) apresenta no Arquivo Nacional a exposição que exibe uma réplica da aeronave em tamanho natural, com condições de voo.

“Santos Dumont é a razão de existir de toda a atividade aeronáutica”, diz a curadora da mostra Asas que protegem o país – tributo a Santos Dumont, coronel Sahara Burity Fernandez Cyrino.

Ela lembra que o Demoiselle veio depois do avião mais conhecido de Santos Dumont, o 14 Bis. “Santos Dumont não patenteou este invento [Demoiselle] de propósito porque ele queria popularizar seu uso na França. Foram feitas várias séries dessa aeronave. Era um avião leve, prático, transportável. Santos Dumont o carregava em automóvel. Ele utilizava esse avião para visitar os amigos.”

A mostra também conta com uma maquete artística do balão nº 6 que contornou a Torre Eiffel em 1901, com o qual o Santos Dumont provou a dirigibilidade dos balões.

Também estão expostos recortes de jornais colecionados pelo próprio aviador, com notícias a respeito de seus inventos, além de documentos de Santos Dumont e de um acervo inédito de fotografias de aviação de Johnson Barros.

Para o diretor do Cendoc, coronel intendente Carlos Alberto Leite da Silva, Santos Dumont deve ser lembrado por seu caráter inovador e por lançar as bases da Força Aérea. O aviador é patrono da Aeronáutica brasileira. “Ele tem uma grande relevância por sinalizar os valores importantes para a Força Aérea: o empreendedorismo, a forma de pensar rápida e arrojada.”

A exposição fica em cartaz no Salão Nobre do Arquivo Nacional até 31 de janeiro de 2018, das 10h às 17h, na Praça da República, 173, com entrada franca.

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