5 de dezembro de 2020
Um estudo publicado pelo National Endowment for Democracy (NED por sua sigla em inglês) aborda a interferência russa na América Latina aproveitando as vulnerabilidades de alguns governos da região.
Embora a presença chinesa seja muito maior, os pesquisadores deste estudo mostram que os movimentos do Kremlin nesses países têm aumentado nos últimos tempos.
O trabalho foca basicamente no "capital corrosivo", conceito já utilizado anteriormente para se referir aos "fluxos monetários de países autoritários como Rússia, China, Turquia ou Irã, que se aproveitam de vulnerabilidades de governos, como a falta de transparência ou responsabilidade pública e que permite acesso preferencial para penetrar em setores estratégicos ”, explicou Martin Vladimirov, analista do NED e um dos autores da tese, à Voz da América.
Nos últimos anos, o governo dos Estados Unidos havia alertado para a ingerência estrangeira na região da América Latina, situação que continua a ser acompanhada de perto por considerar que a penetração da China, Rússia ou Irã representa uma ameaça à estabilidade e segurança. na região.
O objetivo do Kremlin, assim como dos demais países mencionados, é penetrar em setores como energia, telecomunicações, bancos e transportes.
“Quando esse capital corrosivo penetrou nesses setores, ele pode se expandir e basicamente, por exemplo, pode acabar com a competição e alimentar redes oligárquicas no país que apóiam um governo corrupto”, diz Vladimirov.
Fontes
- ((es)) Antoni Belchi. Armas y petróleo: los secretos de Rusia para quedarse en América Latina — Voz da América, 4 de dezembro de 2020
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