4 de junho de 2009

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O poeta cabo-verdiano Arménio Vieira, de 68 anos, é o ganhador da 22ª edição do Prêmio Camões, dedicado a escritores de países lusófonos. Ele receberá a premiação de 100 mil euros, dada anualmente pela Fundação Biblioteca Nacional e pelo Governo Português, através do Instituto Camões e anunciada anteontem. A comissão julgadora, este ano, foi composta pelos brasileiros Marco Lucchesi, da Universidade Federal do Rio de janeiro, e Ruy Espinheira, da Universidade Federal da Bahia, pelos portugueses José Seabra Pereira, da Universidade de Coimbra, e Helena Buescu, da Universidade de Lisboa, além do poeta cabo-verdiano Corsino Antônio Fortes e do escritor moçambicano Luiz Carlos Patraquim.

Arménio Vieira nasceu na cidade da Praia, na Ilha de Santiago. Além de escritor, autor de livros como "Poemas", "No Inferno" e "O Eleito do Sol", é jornalista, com colaborações em publicações como o "Boletim de Cabo Verde" e a revista "Vértice", de Coimbra. Ele foi redator do jornal "Voz do Povo".

"Fico feliz porque ele representa um país pouco conhecido por aqui. Fico comovido por representar a África e por nós, do prêmio, nos bandearmos este ano da prosa para a poesia. O cabo-verdiano é o africano que ia para a Bahia e ficou ali pelo meio do caminho", brincou o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Muniz Sodré.

Helena Buescu explicou que o regulamento do prêmio, vencido pelo brasileiro João Ubaldo Ribeiro ano passado, não prevê um revezamento entre os países. "Há diversas questões que são propostas, diversos caminhos a seguir. Mas o que norteia o prêmio é, fundamentalmente, o mérito" afirmou.

Reação

Aménio Vieira , o primeiro cabo-verdiano a receber o primeiro Prémio Camões, mostrou-se surpreendido e comovido por ter recebido o galardão, acrescentando que quando o informaram pensou que "fosse uma brincadeira". "Os poetas normalmente não são muito conhecidos", afirmou, acrescentando que as recebe influências da China aos Estados Unidos.

Fontes