3 de janeiro de 2024

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O novo governo argentino, liderado pelo liberal Javier Milei, receberá amanhã (04/01) uma delegação do Fundo Monetário Internacional (FMI), organismo com o qual o país sul-americano mantém um programa de crédito de 44 mil milhões de dólares que ficou paralisado após o não cumprimento das metas acordadas, disse um porta-voz presidencial ontem.

A Argentina acaba de pagar cerca de 920 milhões de dólares ao FMI e enfrenta um próximo pagamento de capital à organização de cerca de 1.95 bilhões de dólares em meados de janeiro.

“Na quinta-feira será recebida a delegação do FMI. O chefe da Casa Civil, Nicolás Posse, e o ministro da Economia, Luis Caputo, vão recebê-la”, disse o porta-voz Manuel Adorni, sem dar detalhes sobre o conteúdo das reuniões.

O Governo retoma as negociações com o FMI após a tomada de posse, em 10 de dezembro, do presidente liberal Javier Milei, que prometeu dolarizar a economia, eliminar o déficit fiscal e fechar o banco central (BCRA), num contexto de inflação elevada e pobreza superior a 40%.

Habituados a governos populistas durante os quais o Estado subsidiava tudo, desde compras de automóveis até a electricidade nas suas casas, os argentinos não poderão evitar as consequências do plano de ajustamento promovido por Milei que, entre outras coisas, envolve uma redução drástica dos subsídios e o consequente aumento nas taxas.

O governo do economista ultraliberal que tomou posse em 10 de dezembro começou a aplicar uma série de medidas que procuram cortar gastos para acabar com o déficit fiscal e conter a inflação de quase 161% ao ano, que disparou a pobreza para mais de 40%.

No entanto, analistas perguntam até que ponto os argentinos estarão dispostos a apertar os cintos e aceitar esta mudança de paradigma após duas décadas de populismo.

Fontes