Agência Brasil

22 de dezembro de 2018

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Em um esforço para restaurar a biodiversidade do Parque Nacional da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro, o projeto Refauna Tijuca, em colaboração com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), está programando a reintrodução da arara-canindé e do jabuti-tinga, também conhecido como jabuti-amarelo.

Essa iniciativa é a mais recente etapa do projeto, que visa trazer de volta espécies nativas que foram perdidas devido à destruição ambiental. A primeira fase do projeto ocorreu em 2010, com a reintrodução de cutias, seguida pela reintrodução de macacos bugios em 2014.

Agora a meta é reintroduzir no parque 60 jabutis e 20 araras-canindé. É importante notar que as araras-canindé desapareceram da floresta da Tijuca há mais de 200 anos e, atualmente, não existem mais exemplares da espécie na natureza no estado.

A Floresta da Tijuca sofreu devastação durante os séculos XVII e XVIII para a extração de madeira e plantações, principalmente de café, resultando na perda de espécies como onça-pintada, anta, jaguatirica, porco-do-mato e mico-leão-dourado. Além disso, o desmatamento provocou problemas no abastecimento de água na cidade, uma vez que a floresta abriga importantes mananciais. Portanto, a reintrodução dessas espécies é uma etapa vital na recuperação do ecossistema da floresta carioca e um passo importante em direção à sustentabilidade ambiental.

“Muitas espécies se extinguiram localmente no processo de destruição e recuperação dessa floresta. Apesar de estruturalmente parecer uma floresta saudável, temos o que se chama de uma floresta vazia, onde a falta de animais importantes para a dispersão de sementes pode condenar muitas espécies vegetais ao desaparecimento a médio e longo prazo”, afirma o chefe do Parque Nacional da Tijuca, Ernesto Viveiros de Castro.

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