9 de abril de 2020

link=mailto:?subject=Apresentador%20de%20TV%20brasileira%20é%20suspenso%20após%20sugerir%20"campo%20de%20concentração"%20aos%20infectados%20do%20corona%20no%20Brasil%20–%20Wikinotícias&body=Apresentador%20de%20TV%20brasileira%20é%20suspenso%20após%20sugerir%20"campo%20de%20concentração"%20aos%20infectados%20do%20corona%20no%20Brasil:%0Ahttps://pt.wikinews.org/wiki/Apresentador_de_TV_brasileira_%C3%A9_suspenso_ap%C3%B3s_sugerir_%22campo_de_concentra%C3%A7%C3%A3o%22_aos_infectados_do_corona_no_Brasil%0A%0ADe%20Wikinotícias Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

O apresentador Marcos Paulo Ribeiro de Morais, popularmente conhecido como Marcão do Povo, que apresentava o telejornal policial Primeiro Impacto, exibido de manhã no Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) foi suspenso ontem (8/4) da rede após sugerir anteontem (7/4) uma polêmica alternativa para fossem colocados os infectados pelo coronavírus (COVID-19): campo de concentração.

Não seria interessante pegar, por exemplo, montar um campo de concentração, com equipamentos sofisticados, com os melhores profissionais e colocar essas pessoas com problemas e sintomas… E acaba também de ter que espalhar dinheiro pros estados. Esse negócio de vários governadores que nem sequer um caso foi comprovado e o estado decretou calamidade. O estado tem necessidade de decretar calamidade? Não tem!

Marcão do Povo

Após a a polêmica alternativa, usuários usaram suas redes sociais pra mostrarem indignação a este pedido do apresentador Marcos de Morais no decorrer do dia. Horas depois, a direção do SBT defendeu que Marcão tinha o direito de “expressar sua liberdade de expressão”, mas afirmou que a opinião dele não era a mesma da empresa.

O assunto voltou nas redes sociais e na mídia com a notícia do afastamento com maior intensidade do que o dia anterior. A decisão de suspender o apresentador foi tomada em reunião na emissora na tarde de ontem, horas depois de apresentar o telejornal policial, que a partir de hoje, será comandado por Dudu Camargo e Márcia Dantas.

Nota Oficial

Ontem, durante a exibição do programa jornalístico Primeiro Impacto, o apresentador Marcos Paulo Ribeiro de Morais, popularmente conhecido como Marcão do Povo, se utilizou do espaço em nosso jornal para expressar uma opinião de cunho pessoal que dizia respeito ao tema tão delicado que o mundo e nosso país atravessam: a COVID-19.

Gostaríamos de esclarecer ao público, às autoridades, àqueles que estão na linha de frente ao combate incessante da pandemia e, em especial, às pessoas vitimadas, que de forma alguma a opinião expressada pelo apresentador reflete o pensamento, a atitude e o respeito que a emissora tem pelo momento atual. Temos total consciência da relevância do assunto e temos, a todo momento, nos preocupado em informar e esclarecer de forma isenta e imparcial os acontecimentos e as providências que as autoridades e todos brasileiros estão adotando para vencermos essa enorme crise de saúde já presente, e a econômica que se avizinha.

Desta forma, sinceramente lamentamos que o apresentador tenha usado nossa plataforma de modo que contraria tão profundamente os nossos princípios. A todos que de alguma forma possam ter se ofendido ou mesmo se indignado com as opiniões pessoais do apresentador, nossas mais sinceras desculpas.

Nossos profissionais de Jornalismo seguirão na dura missão de bem informar, sempre preocupados com o bem estar de todos os brasileiros.

O apresentador foi suspenso de suas funções.

Respeitosamente,

A Diretoria

Histórico

Os campos de concentração foram implementados pelo Regime Nazista na Alemanha em 1933 por ordem de Adolf Hitler (1889-1945) e passaram a serem usados com maior número durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), quando os locais aprisionavam milhões de pessoas e os nazistas já dominaram quase toda a Europa. No entanto, o uso dos campos pra fazerem testes, trabalhos forçados, torturas e eliminarem os judeus chocou o mundo, ao se aproximar o fim do conflito e a descoberta dos campos a partir de 1944 pelos Aliados. O campo mais famoso é o Auschwitz.

Fontes