Brasil • 12 de outubro de 2014

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

O candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB) agradeceu à ex-senadora Marina Silva por decidir apoiá-lo neste segundo turno da eleição. Para o tucano, o apoio da candidata que, no último domingo (5), recebeu mais de 22 milhões de votos, se soma ao de outras forças políticas, fortalecendo sua candidatura como legítima representante “do profundo sentimento de mudança que se alastra pela sociedade brasileira”.

“Minha candidatura não é mais a candidatura de um partido político. Não é a candidatura sequer de uma aliança partidária. É uma candidatura que representa esse profundo sentimento de mudança”, declarou Aécio a jornalistas após participar de uma missa solene em homenagem à padroeira do Brasil, no Santuário Nacional de Aparecida, em Aparecida do Norte (SP). “A partir de agora somos um só corpo, um só projeto em favor do Brasil e em favor dos brasileiros”, acrescentou o candidato.

Aécio revelou que Marina já havia lhe comunicado a decisão no sábado (11) à noite, por telefone, e que o apoio da ex-ministra do governo Lula lhe parece natural, já que as propostas de governo dos dois são “muito próximas”.

“Nosso plano de governo é absolutamente convergente”, disse o candidato, citando o compromisso de valorizar ações sociais por meio da manutenção de programas sociais como o Bolsa Família; o desenvolvimento sustentável e as liberdades coletivas e individuais. O tucano voltou a defender o fim da reeleição e o mandato político de cinco anos. E afirmou que, se eleito, incluirá entre suas primeiras ações o projeto de simplificar o sistema tributário e o início da discussão para a votação de uma reforma política.

“Defendo há muito tempo o mandato de cinco anos, sem a reeleição. Essa proposta, que consta das diretrizes do nosso programa de governo, permanece. E é convergente com o que propunha [o candidato presidencial do PSB, morto em agosto] Eduardo Campos e com o que propõe hoje Marina Silva”, disse Aécio. Para ele, a simplificação do sistema tributário é “absolutamente urgente”. E colocar em pauta a reforma política “necessário”. “Até para facilitar a discussão de outras questões relevantes”.

“Temos um conjunto de desafios a enfrentar na economia. O principal deles é resgatar a credibilidade perdida do Brasil para que ela nos ajude a recuperar investimentos, a controlar a inflação e a recuperar o crescimento da nossa economia”, acrescentou o candidato. “Vamos reorganizar o Estado brasileiro, substituir esse absurdo e nefasto aparelhamento da máquina pública, que gera ineficiência e desvios sucessivos, pela meritocracia, pela qualificação das pessoas. Vamos fazer com que o Estado volte a apresentar resultados”.

Fontes