21 de outubro de 2021
Com grande potencial, que chega a 40% nos Estados Unidos e no Reino Unido, o teletrabalho, também chamado trabalho remoto ou home office, ainda não é uma realidade no Brasil, apesar da migração de muitos trabalhadores para este formato durante a pandemia de covid-19 (chegou ao pico de 8,7 milhões de brasileiros em junho de 2020). Os grandes entraves são a concentração do emprego em atividades de serviços de baixa complexidade e a falta de infraestrutura, como energia elétrica contínua, internet e computador.
Os dados são do pesquisador Fernando de Holanda Barbosa Filho, da FGV IBRE, que detectou que o potencial no Brasil para o home office é de 25,5%, mas que devido à falta de estrutura adequada, este índice baixa para 17,8%. Em outras palavras, equivale dizer que, de cada 100 trabalhadores brasileiros, 25 poderiam trabalhar em casa, mas que efetivamente apenas 17 têm infraestrutura suficiente para fazê-lo.
Barbosa também alertou que há uma tendência de aumento da digitalização daqui para frente, mas que a atual estrutura da economia brasileira não permitirá uma grande adesão ao home office ou a modelos híbridos de trabalho, de forma permanente, nos anos vindouros. Ele enfatizou que isto tende a ampliar desigualdades salariais e que para mudar esta realidade é preciso mudar o sistema voltado à qualificação de pessoas, aperfeiçoando o sistema de educação e promovendo o acesso ao mundo digital desde cedo.
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Fontes
- ((pt)) Home office é possível para menos de 1 em cada 5 trabalhadores no Brasil, aponta estudo — G1, 18 de outubro de 2021
- ((pt)) Baixo potencial do Brasil para home office pode ampliar desigualdades — Blog Conjuntura Econômica - FGV IBR, 9 de junho de 2021
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