27 de janeiro de 2021

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O Senado americano confirmou nesta terça-feira, 26, Antony Blinken no cargo de secretário de Estado.

Antony Blinken
Antony Blinken

Antigo secretário de Estado Adjunto durante a Administração Barack Obama e ex-assessor e muito próximo do Presidente Joe Biden, ele recebeu 78 votos a favor e 22 contra, muito acima da aprovação dos seus antecessores, Rex Tillerson e Mike Pompeo, que obtiveram 56 e 57 votos favoráveis, respetivamente.

A confirmação foi saudada por legisladores dos dois partidos, bem como da Associação Profissional do Serviço de Relações Exteriores dos Estados Unidos (AFSA, em inglês).

“A liderança do Departamento de Estado, o departamento governamental mais antigo da nossa nação, representa uma grande responsabilidade”, reagiu a AFSA em comunicado, no qual desejou “ao secretário e sua equipa muita sorte nos anos que virão”, lembrando que “a AFSA e seus membros prometem trabalhar ao lado deles para fortalecer a carreira e proteger e aprimorar a instituição que é a diplomacia americana.”

O 71º secretário de Estado enfrenta os desafios de restaurar a posição dos EUA no mundo e revigorar um ministério, onde muitos se sentiram desmoralizados sob a administração anterior.

Durante a audiência de confirmação na semana passada, Antony Blinken prometeu voltar a engajar o Congresso nas principais preocupações de política externa.

Entre outros temas, ele foi questionado sobre o Irão e os esforços para se juntar ao acordo nuclear iraniano.

Embora Blinken tenha deixado claro que o Governo Biden sente que o mundo estava mais seguro com o acordo nuclear com o Irão, ele não deu detalhes sobre um eventual regresso ao Plano de Acção Conjunto Global (JCPOA), do qual o Governo Trump se retirou em 2018.

Sobre a China, ele admitiu que o Presidente Donald Trump "esteve certo ao adoptar uma abordagem mais dura em relação à China". “Discordo, muito, da maneira como ele fez isso em várias áreas, mas o princípio básico foi certo e acho que isso é realmente útil para nossa política externa”, acrescentou Blinken.

O novo secretário prometeu restaurar o papel do Departamento de Estado e reiterou estar "comprometido com o avanço de nossa segurança e prosperidade através da construção de um corpo diplomático que representa plenamente os Estados Unidos em todo o seu talento e diversidade".

E onde o antecessor Mike Pompeo, muito criticado por diplomatas, revelou "arrogância", Blinken pediu "humildade e confiança".

“Humildade porque temos muito trabalho a fazer em casa para melhorar a nossa posição no exterior e humildade porque a maioria dos problemas do mundo não são sobre nós, mesmo quando nos afectam”, afirmou o diplomata, que destacou que “nenhum dos grandes desafios que enfrentamos pode ser vencido por um país agindo sozinho, mesmo tão poderoso quanto os Estados Unidos”.

O Senado continua a votar os nomes propostas pelo Presidente Joe Biden para o seu Governo, tendo já sido aprovados também o secretário de Defesa, Lloyd Austin, a secretária de Tesouro, Janet Yellen, e o director de Inteligência Nacional Avril Haines.

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