18 de agosto de 2023

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A deportação de 98 cidadãos venezuelanos da ilha de Trindade e Tobago para a Venezuela no passado fim de semana deu origem a um alerta emitido esta quinta-feira pela Amnistia Internacional (AI).

“As recentes medidas tomadas pelas autoridades de Trindade e Tobago são extremamente alarmantes”, disse a diretora da Anistia Américas, Erika Guevara-Rosas.

Trata-se de quase uma centena de venezuelanos "detidos e considerados ilegais", que faziam parte de um grupo de 200 detidos em uma popular boate da capital, indicou a AFP.

No comunicado, a Anistia citou seus próprios dados, alegando que 25% da população venezuelana foi forçada a fugir de seu próprio país nos últimos anos devido à "crise de direitos humanos e emergência humanitária" que existe lá.

Segundo o Escritório da ONU para Refugiados (ACNUR), cerca de 7 milhões de venezuelanos deixaram seu país em busca de refúgio em várias partes do mundo, dos quais pelo menos 6 milhões encontraram abrigo em países da América Latina e do Caribe.

“O direito internacional não deixa margem para dúvidas: refugiados e requerentes de asilo em todo o mundo não podem ser devolvidos para onde suas vidas e integridade estão em perigo. Ninguém pode ser submetido a expulsões em massa”, destacou Guevara-Rosas.

A ilha caribenha não é signatária da Declaração sobre Migração e Proteção de Los Angeles, acordada em junho de 2022 durante a IX Cúpula das Américas, e na qual os governos participantes se comprometeram a "proteger a segurança e a dignidade de todos migrantes, refugiados, requerentes de asilo e apátridas, independentemente do seu estatuto migratório, e respeitar os seus direitos humanos e liberdades fundamentais”.

Fontes