28 de outubro de 2022
A Anistia Internacional pediu na quinta-feira às Nações Unidas que tomem “ações decisivas” contra o Irã, após os assassinatos de pelo menos oito manifestantes.
Os recentes protestos começaram no Irã após a morte de Mahsa Amini, que morreu sob custódia policial depois de ser presa por usar o lenço na cabeça “indevidamente”.
“O uso imprudente e ilegal de armas de fogo pelas autoridades iranianas contra manifestantes, incluindo munição real, revela mais uma vez o custo tragicamente alto da inação internacional”, disse Heba Morayef, diretora da Anistia Internacional para o Oriente Médio e Norte da África, em comunicado. “Todos os estados membros do Conselho de Direitos Humanos da ONU devem tomar medidas decisivas agora e convocar imediatamente uma sessão especial sobre o Irã, a fim de evitar mais perdas de vidas.”
A Anistia disse que na quarta e na quinta-feira, as forças de segurança do Irã “intensificaram o uso de força ilegal – inclusive disparando armas de fogo com munição real, balas de metal e gás lacrimogêneo – contra manifestantes e enlutados que se reuniram nas províncias do Curdistão, Azerbaijão Ocidental, Kermanshah e Lorestan.”
Morayef disse: “O Conselho de Direitos Humanos da ONU deve deixar claro para as autoridades iranianas que seus crimes sob a lei internacional não ficarão sem investigação – ou impunes – estabelecendo um mecanismo independente de relatório e responsabilidade sobre o Irã”.
Ela acrescentou: “Já está muito atrasado para a comunidade internacional ouvir os clamores das famílias das vítimas e dos defensores dos direitos humanos por justiça”.
Fontes
- ((en)) Redação. Amnesty International Calls on UN to Take 'Decisive Action' on Iran — Voz da América, 28 de outubro de 2022
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