1 de outubro de 2021

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Em Angola, a covid-19 já causa mais mortes que a malária, reportou o Ministério da Saúde hoje. "Estão a morrer mais pessoas nos últimos dias de covid-19 do que por malária. Este é o momento de fazermos uma reflexão, uma introspecção profunda sobre o nosso comportamento ou atitude em relação à proteção individual e coletiva. São medidas simples como o uso correto da máscara, a lavagem frequente das mãos, o distanciamento entre as pessoas”, disse a ministra Sílvia Lutucuta.

Ela criticou o que chamou "comportamento muito anormal", com aglomerações sem o uso de máscaras, e lembrou que, de onda em onda, os casos e mortes sobem no país. Na primeira onda, em outubro de 2020, Angola chegou a 5.635 casos e 99 óbitos; na segunda onda, em maio passado, o país alcançou 7.899 casos confirmados e 198 óbitos; e, na onda atual, os casos acumulados já chegam a 14.459 casos e as fatalidades a 549.

A preocupação é compartilhada pelo coordenador nacional da Comissão Multissectorial de Prevenção e Combate à Covid-19, Francisco Furtado, que disse ontem que "de um modo geral, assistimos ao relaxamento por parte das populações, o que leva a que um número significativo de cidadãos não estejam a usar máscaras faciais e não estejam a cumprir com as medidas de higienização frequentes".

Segundo Francisco, em setembro os casos positivos cresceram 13%, com as províncias de Luanda, Huambo, Huíla e Benguela exigindo maior atenção, por serem os locais onde a taxa de transmissão tende a crescer.

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